Economia

UE promete menos austeridade conforme G20 debate dívida

Segundo comissário europeu Olli Rehn, bloco irá desacelerar o ritmo de aperto orçamentário para ajudar a estimular o crescimento econômico


	Comissário europeu de Assuntos econômicos, Olli Rehn: comissário afirmou que bloco não teve outra opção a não ser reduzir fortemente os empréstimos e os gastos
 (John Thys/AFP)

Comissário europeu de Assuntos econômicos, Olli Rehn: comissário afirmou que bloco não teve outra opção a não ser reduzir fortemente os empréstimos e os gastos (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 08h17.

Washington - A zona do euro vai desacelerar o ritmo de aperto orçamentário para ajudar a estimular o crescimento econômico, afirmou na quinta-feira o comissário de Assuntos Monetários e Econômicos da União Europeia (UE), Olli Rehn, destacando uma mudança de política pela qual os Estados Unidos pressionam há tempos.

O ritmo de aperto fiscal no mundo deve dominar as discussões de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 de países avançados e emergentes, que estão reunidos em Washington.

Entre os tópicos a serem discutidos está determinar ou não metas numéricas para redução de dívida e déficit além de 2016.

Rehn disse que quando os mercados começaram a recusar empréstimos a alguns países da zona do euro a taxas sustentáveis em 2010 por temores de que não seriam pagos, a zona do euro não teve outra opção a não ser reduzir fortemente os empréstimos e os gastos.

O déficit orçamentário combinado da zona do euro caiu para 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, ante 4,2 por cento em 2011, levando os 17 países que usam o euro para uma recessão no ano passado.

Neste ano, o déficit deve encolher para 2,8 por cento, o que representaria menos da metade do déficit orçamentário da zona do euro de 6,3 e 6,2 por cento do PIB em 2009 e 2010, respectivamente.

"Na fase inicial da crise, era essencial restaurar a credibilidade da política fiscal na Europa porque isso era questionado fundamentalmente por forças do mercado", disse Rehn. "Não havia escolha. Ações decisivas foram tomadas."

"Agora, como restauramos a credibilidade no curto prazo, isso nos dá a possibilidade de ter um caminho mais suave de ajuste fiscal no médio prazo", completou ele, destacando que os Estados Unidos estão sendo agora mais agressivos em sua redução de dívida do que a Europa.

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