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UE e FMI alertam Trump sobre guerra comercial

Trump planeja impor uma sobretaxa de 25 por cento no aço e de 10 por cento no alumínio para combater as importações, especialmente as da China

FMI: "Numa chamada guerra comercial... ninguém ganha, geralmente há perdedores de ambos os lados", disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de março de 2018 às 14h38.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 15h56.

Luxemburgo/Genebra - A Europa e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) pediram nesta quarta-feira que o presidente dos EUA , Donald Trump , evite uma guerra comercial, após a demissão de seu assessor econômico encorajar aqueles que o incentivam a levar adiante tarifas sobre a importação de aço e alumínio.

A saída de Gary Cohn, visto como um baluarte contra o nacionalismo econômico de Trump, impactou ações, petróleo e o dólar, já que os investidores perceberam uma maior probabilidade de retaliações comerciais afetarem o crescimento global.

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Trump planeja impor uma sobretaxa de 25 por cento no aço e de 10 por cento no alumínio para combater as importações, especialmente as da China , que ele diz que prejudicam a indústria e os empregos nos EUA.

Mas o movimento abre margem para tarifas de retaliação sobre as exportações dos EUA e complica as negociações sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês).

"Numa chamada guerra comercial... ninguém ganha, geralmente há perdedores de ambos os lados", disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, acrescentando que uma guerra comercial teria um custo "enorme" para o crescimento econômico global.

Em Genebra, a China levou suas preocupações à Organização Mundial do Comércio (OMC), onde outros 17 membros também expressaram receios.

"Tememos que os Estados Unidos possam estar abrindo uma Caixa de Pandora que não possamos fechar", disse o embaixador do Canadá segundo uma autoridade de comércio.

Em seu primeiro tuíte nesta quarta-feira, Trump não mostrou nenhum sinal de mudança de ideia, dizendo que os Estados Unidos perderam mais de 55 mil fábricas e 6 milhões de empregos industriais e deixaram o seu déficit comercial disparar desde a primeira administração Bush.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que comandará uma reunião de 22 a 23 de março, onde os líderes da UE discutirão a ameaça de uma "séria disputa comercial", disse que a opinião de Trump de que as guerras comerciais eram boas e fáceis de ganhar estava errada.

Para aqueles que temem uma guerra comercial, os candidatos para substituir Cohn como assessor de Trump não são boas opções: Peter Navarro, chefe do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca que escreveu um livro chamado "Morte pela China: Enfrentando o Dragão - Um Pedido Global de Ação" (na tradução literal), e o comentarista conservador Larry Kudlow.

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