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Ucrânia e rebeldes iniciam retirada de tropas no leste

O movimento é um passo significativo para a implementação definitiva do cessar-fogo assinado no início de setembro

Marcha contra conflito na Ucrânia: cessar-fogo imposto em 5 de setembro foi violado inúmeras vezes (REUTERS/Maxim Zmeyev)
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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 16h07.

Kiev - O governo da Ucrânia e os militantes pró- Rússia começaram a retirar tropas e artilharia pesada da região leste do país, informaram autoridades ucranianas nesta segunda-feira.

O movimento é um passo significativo para a implementação definitiva do cessar-fogo assinado no início de setembro.

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O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Andriy Lysenko, informou que as forças de Kiev iniciaram a retirada de tropas da linha de frente e o movimento rebelde está seguindo a tendência, ainda que de forma "menos intensa do que o esperado".

"Estamos vendo que os rebeldes estão reduzindo o uso de artilharia pesada", disse Lysenko.

O cessar-fogo imposto no dia 5 de setembro foi violado inúmeras vezes, aumentando para 3.000 a estimativa do número de mortos desde o início do conflito, em abril.

Nesta segunda-feira, explosões foram ouvidas ao norte da cidade de Donetsk, controlada pelos rebeldes. Segundo Lysenko, dois soldados ucranianos foram mortos no dia anterior.

Ucrânia, Rússia e rebeldes assinaram, na semana passada, um acordo para promover paz e impedir o avanço das tropas e o uso de artilharia pesada na região mais afetada pelos combates, no leste do país.

O acordo, que teve apoio da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), também proíbe que aviões de combate sobrevoem a área de conflito.

Durante entrevista publicada no domingo, o presidente ucraniano Petro Poroshenko pediu que o público dê tempo para que o acordo de paz funcione.

"Resolver a guerra em Lugansk e Donetsk apenas com forças militares é impossível", disse. "Quanto mais tropas enviarmos para região, mais homens o Exército russo vai enviar em resposta", completou.

Segundo o presidente, 65% do equipamento militar utilizado no leste do país pelas forças ucranianas foi destruído.

Poroshenko chegou a pedir, durante visita aos EUA na semana passada, que o país fornecesse armas letais ao Exército da Ucrânia.

O EUA concordaram em ajudar o país com US$ 46 milhões, mas excluíram o fornecimento de armas letais do acordo.

O ministro da Defesa da Polônia Tomasz Siemoniak, por outro lado, disse que o seu país está pronto para vender armas à Ucrânia.

Siemoniak informou que o governo ucraniano está se familiarizando com a lista de armamentos produzidos na Polônia, mas garantiu que os dois países concordaram em não discutir os detalhes da compra publicamente.

Fonte: Associated Press.

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