Economia

Trump avalia negociar volta dos EUA ao Tratado Transpacífico

Presidente americano pediu a responsáveis pelo comércio exterior e pela assessoria econômica do governo para analisarem acordo mais vantajoso

Trump: presidente americano assinou no primeiro dia de mandato uma ordem executiva para retirar os EUA do TPP (Leah Millis/Reuters)

Trump: presidente americano assinou no primeiro dia de mandato uma ordem executiva para retirar os EUA do TPP (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2018 às 22h13.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia negociar a volta do país ao Tratado Transpacífico (TPP), do qual saiu dias depois de chegar ao poder.

"O presidente sempre disse que estaria aberto a um TPP substancialmente melhor. Com esse objetivo, pediu a (Robert) Lighthizer (responsável pelo Comércio Exterior) e a (Larry) Kudlow (assessor econômico) para que analisem outra vez se é possível negociar um acordo melhor", disse Lindsay Walters, uma das porta-vozes da Casa Branca, em comunicado.

No primeiro dia de trabalho no Salão Oval, Trump assinou uma ordem executiva para retirar o país do TPP, formado por outros 11 países, cumprindo uma de suas promessas eleitorais.

A Casa Branca afirmou que Trump "manteve a promessa" de sair do TPP, negociado pelo ex-presidente Barack Obama, porque o acordo era "injusto para os trabalhadores e agricultores americanos".

As intenções de Trump de recolocar os EUA no pacto foram divulgadas hoje por dois senadores republicanos que se reuniram com o presidente na Casa Branca para discutir comércio e agricultura.

"É uma boa notícia que hoje o presidente tenha pedido a Kudlow e Lighthizer para negociar a entrada dos EUA no TPP", afirmou o senador por Nebraksa Ben Sasse.

As afirmações de Sasse foram confirmadas pelo senador por Montana Steve Daines, que também esteve no encontro. Segundo Daines, Trump afirmou várias vezes na reunião que gostaria de voltar ao TPP, uma estratégia-chave da diplomacia do governo de Obama.

O TPP foi negociado por Obama, que via o acordo como uma estratégia para aprofundar os laços dos EUA com a Ásia.

Durante a campanha eleitoral, tanto Trump como a democrata Hillary Clinton criticaram o TPP, que nunca foi ratificado pelo Congresso devido à oposição de muitos congressistas, especialmente os próprios correligionários de Obama.

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