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Travas na Argentina levam Uruguai a buscar Brasil

Mujica manifestou sua intenção de priorizar a relação com o Brasil, primeiro destino (20%) das exportações uruguaias

O governo uruguaio quer acelerar os processos de integração de cadeias produtivas entre os dois países e melhorar as trocas de bens e investimentos (©AFP/Arquivo / Pablo Porciuncula)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h21.

Montevidéu - O presidente uruguaio, José Mujica, viaja nesta quinta-feira ao Brasil com o objetivo de buscar maior complementação comercial e produtiva entre os dois países e analisar com sua colega Dilma Rousseff o futuro do Mercosul , após a série de travas comerciais adotadas pela Argentina.

Mujica viaja acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Luis Almagro, de Economia e Finanças, Fernando Lorenzo, e da Indústria, Energia e Mineração, Roberto Kreimerman, além do diretor do Escritório de Planejamento e Orçamento, Gabriel Frugoni.

Segundo a agenda oficial, a visita de sete horas ao Brasil inclui um encontro com Dilma e um almoço oficial, depois do qual a delegação retornará a Montevidéu.

Mujica manifestou sua intenção de priorizar a relação com o Brasil, primeiro destino (20%) das exportações uruguaias, ainda mais levando em conta o aumento das travas comerciais impostas pela Argentina nos últimos meses, que provocaram uma forte queda das vendas a esse país.

O presidente também está preocupado com a queda na cotação do dólar, que afeta a competitividade do país, outro tema que estará na conversa com Dilma.

Mujica viajou ao menos três vezes ao Brasil nos últimos meses, depois que os dois presidentes se comprometeram em maio do ano passado, em Montevidéu, a continuar fortalecendo uma relação bilateral, que classificaram de "estratégica".


A viagem de quinta-feira ocorre apenas dois dias depois de Dilma lançar um pacote de medidas para impulsionar a indústria nacional, que perdeu competitividade diante da crise externa e da valorização do real.

O ministro da Indústria uruguaio, Roberto Kreimerman, avaliou nesta quarta-feira que "qualquer medida que fortaleça o crescimento econômico e a base industrial brasileira é bem-vinda".

Kreimerman disse ao canal 5 que "o crescimento do Uruguai depende em grande parte do crescimento do Brasil".

O governo uruguaio quer acelerar os processos de integração de cadeias produtivas entre os dois países e melhorar as trocas de bens e investimentos.

Na semana passada, Uruguai e Brasil concordaram em aumentar a integração energética, mediante o aumento por parte do Uruguai da compra de eletricidade e um plano para desenvolver um parque eólico conjunto.

O Brasil foi o destino de 20,6% das vendas uruguaias ao exterior no primeiro trimestre do ano, com 412 milhões de dólares, 11,3% a mais que no mesmo período do ano anterior, segundo dados do instituto Uruguai XXI.

Por outro lado, as vendas para a Argentina caíram 3,77% em março, após terem registrado um recuo de 46,61% em fevereiro.

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Mujica viaja acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Luis Almagro, de Economia e Finanças, Fernando Lorenzo, e da Indústria, Energia e Mineração, Roberto Kreimerman, além do diretor do Escritório de Planejamento e Orçamento, Gabriel Frugoni.

Segundo a agenda oficial, a visita de sete horas ao Brasil inclui um encontro com Dilma e um almoço oficial, depois do qual a delegação retornará a Montevidéu.

Mujica manifestou sua intenção de priorizar a relação com o Brasil, primeiro destino (20%) das exportações uruguaias, ainda mais levando em conta o aumento das travas comerciais impostas pela Argentina nos últimos meses, que provocaram uma forte queda das vendas a esse país.

O presidente também está preocupado com a queda na cotação do dólar, que afeta a competitividade do país, outro tema que estará na conversa com Dilma.

Mujica viajou ao menos três vezes ao Brasil nos últimos meses, depois que os dois presidentes se comprometeram em maio do ano passado, em Montevidéu, a continuar fortalecendo uma relação bilateral, que classificaram de "estratégica".


A viagem de quinta-feira ocorre apenas dois dias depois de Dilma lançar um pacote de medidas para impulsionar a indústria nacional, que perdeu competitividade diante da crise externa e da valorização do real.

O ministro da Indústria uruguaio, Roberto Kreimerman, avaliou nesta quarta-feira que "qualquer medida que fortaleça o crescimento econômico e a base industrial brasileira é bem-vinda".

Kreimerman disse ao canal 5 que "o crescimento do Uruguai depende em grande parte do crescimento do Brasil".

O governo uruguaio quer acelerar os processos de integração de cadeias produtivas entre os dois países e melhorar as trocas de bens e investimentos.

Na semana passada, Uruguai e Brasil concordaram em aumentar a integração energética, mediante o aumento por parte do Uruguai da compra de eletricidade e um plano para desenvolver um parque eólico conjunto.

O Brasil foi o destino de 20,6% das vendas uruguaias ao exterior no primeiro trimestre do ano, com 412 milhões de dólares, 11,3% a mais que no mesmo período do ano anterior, segundo dados do instituto Uruguai XXI.

Por outro lado, as vendas para a Argentina caíram 3,77% em março, após terem registrado um recuo de 46,61% em fevereiro.

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