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Tony Volpon cita volatilidade maior no exterior como desafio

Volpon participa de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado

CAE realiza Sabatina de Otávio Ribeiro Damaso (d) e de Tony Volpon (e) para diretores do Banco Central (Geraldo Magela/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 13h56.

Brasília - Tony Volpon, indicado para a cadeira de Assuntos Internacionais do Banco Central , afirmou nesta terça-feira, 14, esperar volatilidade no mercado internacional em função da normalização da política monetária nos Estados Unidos e da desaceleração da China.

Volpon participa de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, onde afirmou que ajudará o BC a gerenciar esses riscos e a levar a inflação para um valor ao redor do centro da meta.

Volpon ainda mostrou confiança no ajuste fiscal e disse que com a implementação dele a economia irá retomar o crescimento.

"Quero afirmar minha convicção de que, a despeito dos muitos desafios para a economia, com o atual programa de ajuste levado ao seu fim, teremos condições de ver a economia crescer de forma sustentável", afirmou.

Ele ponderou que a pressão atual sobre o custo de vida decorre de ajustes de preços relativos: livres frente os administrados e os transacionais contra os não-transacionais.

Volpon disse que a disparidade entre esses preços gera pressão fiscal, prejuízo para empresas e impacta as expectativas de inflação.

"Uma melhor relação entre preços transacionais e não transacionais será essencial para o equilíbrio das nossas contas externas e para a recuperação da indústria", afirmou.

O economista fez ainda um discurso duro contra a inflação e classificou como primordial para o BC ela estar ao redor do centro da meta, definida em 4,5%.

"A estabilidade monetária, que ao meu ver é a inflação oscilando ao redor da meta, é primordial para o BC", disse.

"Podemos, e isso está refletindo nas expectativas, esperar que a convergência para o centro da meta seja factível já em 2016", avaliou.

Para o ambiente internacional, ele disse ver volatilidade. Segundo Volpon, é preciso estar ciente de que o ambiente internacional pode apresentar desafios adicionais. Ele também acredita ser provável que os EUA comecem a normalização monetária ainda em 2015.

"Embora minha expectativa seja de que tal ajuste, diferentemente de experiências anteriores, se apresente em grau moderado, devemos esperar aumento de volatilidade nos mercados internacionais", observou.

O sabatinado disse ainda que outro risco é o processo de ajuste do crescimento chinês. A avaliação dele é de que essa desaceleração já mostra impacto na economia brasileira.

"Por ora, a economia chinesa tem tido sucesso, mas devemos estar preparados para uma queda maior na economia chinesa e possíveis impactos na economia global", destacou.

Volpon encerrou dizendo esperar poder ajudar a diretoria do BC a observar e gerenciar esses riscos, assim como levar a inflação para a meta e assegurar o estabilidade do sistema financeiro nacional.

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Brasília - Tony Volpon, indicado para a cadeira de Assuntos Internacionais do Banco Central , afirmou nesta terça-feira, 14, esperar volatilidade no mercado internacional em função da normalização da política monetária nos Estados Unidos e da desaceleração da China.

Volpon participa de sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, onde afirmou que ajudará o BC a gerenciar esses riscos e a levar a inflação para um valor ao redor do centro da meta.

Volpon ainda mostrou confiança no ajuste fiscal e disse que com a implementação dele a economia irá retomar o crescimento.

"Quero afirmar minha convicção de que, a despeito dos muitos desafios para a economia, com o atual programa de ajuste levado ao seu fim, teremos condições de ver a economia crescer de forma sustentável", afirmou.

Ele ponderou que a pressão atual sobre o custo de vida decorre de ajustes de preços relativos: livres frente os administrados e os transacionais contra os não-transacionais.

Volpon disse que a disparidade entre esses preços gera pressão fiscal, prejuízo para empresas e impacta as expectativas de inflação.

"Uma melhor relação entre preços transacionais e não transacionais será essencial para o equilíbrio das nossas contas externas e para a recuperação da indústria", afirmou.

O economista fez ainda um discurso duro contra a inflação e classificou como primordial para o BC ela estar ao redor do centro da meta, definida em 4,5%.

"A estabilidade monetária, que ao meu ver é a inflação oscilando ao redor da meta, é primordial para o BC", disse.

"Podemos, e isso está refletindo nas expectativas, esperar que a convergência para o centro da meta seja factível já em 2016", avaliou.

Para o ambiente internacional, ele disse ver volatilidade. Segundo Volpon, é preciso estar ciente de que o ambiente internacional pode apresentar desafios adicionais. Ele também acredita ser provável que os EUA comecem a normalização monetária ainda em 2015.

"Embora minha expectativa seja de que tal ajuste, diferentemente de experiências anteriores, se apresente em grau moderado, devemos esperar aumento de volatilidade nos mercados internacionais", observou.

O sabatinado disse ainda que outro risco é o processo de ajuste do crescimento chinês. A avaliação dele é de que essa desaceleração já mostra impacto na economia brasileira.

"Por ora, a economia chinesa tem tido sucesso, mas devemos estar preparados para uma queda maior na economia chinesa e possíveis impactos na economia global", destacou.

Volpon encerrou dizendo esperar poder ajudar a diretoria do BC a observar e gerenciar esses riscos, assim como levar a inflação para a meta e assegurar o estabilidade do sistema financeiro nacional.

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