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Tombini minimiza fraqueza do real e impacto da Argentina

Para presidente do BC, o ajuste é parte da normalização das taxas de juros globais, o que reflete uma recuperação do crescimento econômico global

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "nós certamente ajustaremos a política de novo se necessário" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 09h12.

São Paulo - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, vê poucos motivos para preocupação na recente desvalorização do real e no rápido enfraquecimento do peso argentino, de acordo com o jornal Financial Times.

"Ajustes relativos de preços não devem ser confundidos com fragilidade", disse Tombini segundo o jornal, referindo-se à desvalorização de 13 por cento do real no ano passado.

Para Tombini, o ajuste é parte da normalização das taxas de juros globais, o que reflete uma recuperação do crescimento econômico global e é positivo no longo prazo para os mercados emergentes, de acordo com a matéria.

Por enquanto, entretanto, elevar as taxas de juros em mercados desenvolvidos seria como um "aspirador de pó" sugando o dinheiro dos mercados emergentes e exigindo taxas de juros domésticas mais altas, disse Tombini ao jornal.

"A resposta brasileira tem sido bastante clássica --aperto da política, uso de reservas internacionais como proteção", disse Tombini, acrescentando que não enfrenta pressão política para evitar elevação dos juros. "Nós certamente ajustaremos a política de novo se necessário." Tombini também não demonstrou preocupação com o impacto no Brasil da rápida desvalorização do peso argentino nos últimos dias, citando a presença relativamente baixa do país vizinho nos mercados financeiros.

"Se isso deixa a Argentina mais confortável com seu nível cambial mais competitivo, também deve estar menos pronta para usar barreiras não-tarifárias", completou.

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São Paulo - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, vê poucos motivos para preocupação na recente desvalorização do real e no rápido enfraquecimento do peso argentino, de acordo com o jornal Financial Times.

"Ajustes relativos de preços não devem ser confundidos com fragilidade", disse Tombini segundo o jornal, referindo-se à desvalorização de 13 por cento do real no ano passado.

Para Tombini, o ajuste é parte da normalização das taxas de juros globais, o que reflete uma recuperação do crescimento econômico global e é positivo no longo prazo para os mercados emergentes, de acordo com a matéria.

Por enquanto, entretanto, elevar as taxas de juros em mercados desenvolvidos seria como um "aspirador de pó" sugando o dinheiro dos mercados emergentes e exigindo taxas de juros domésticas mais altas, disse Tombini ao jornal.

"A resposta brasileira tem sido bastante clássica --aperto da política, uso de reservas internacionais como proteção", disse Tombini, acrescentando que não enfrenta pressão política para evitar elevação dos juros. "Nós certamente ajustaremos a política de novo se necessário." Tombini também não demonstrou preocupação com o impacto no Brasil da rápida desvalorização do peso argentino nos últimos dias, citando a presença relativamente baixa do país vizinho nos mercados financeiros.

"Se isso deixa a Argentina mais confortável com seu nível cambial mais competitivo, também deve estar menos pronta para usar barreiras não-tarifárias", completou.

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