Economia

Tombini diz que inflação atingirá pico, mas cairá em 2016

Presidente do Banco Central disse que a previsão é que a inflação volte a convergir para o centro da meta a partir de 2017


	O presidente do BC, Alexandre Tombini
 (Abr)

O presidente do BC, Alexandre Tombini (Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 11h18.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (14) que a inflação deve atingir o pico neste trimestre e começar a cair em 2016.

“A inflação acumulada em 12 meses deve atingir o seu pico neste trimestre e permanecer em níveis elevados até o final do ano, para depois iniciar trajetória de queda”, acrescentou, ao abrir o 10º Seminário Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária na capital paulista.

Na estimativa do BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 9%, este ano. Para 2016, a previsão é que a inflação recue e encerre o ano em 4,8%.

Tombini disse que a previsão é que a inflação volte a convergir para o centro da meta a partir de 2017.

“No início do ano as medianas das expectativas para inflação de 2017 a 2019 se encontravam muito acima do nível de 4,5% ao ano. Atualmente, verifica-se convergência das expectativas para o centro da meta em um intervalo de médio e longo prazo”, acrescentou.

Para evitar que o aumento de preços se estenda para além deste ano, o presidente do Banco Central destacou que a taxa básica de juros (Selic) deve permanecer elevada.

“A manutenção do atual patamar da taxa de básica de juros – necessária por períodos suficientemente prologados – é necessária para a convergência da inflação para a meta no final do ano de 2016”, enfatizou. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

Entre as causas da inflação, Tombini citou a valorização do dólar frente as moedas das economias emergentes e o reajuste dos preços administrados, como energia elétrica.

“Como sabemos, os ajustes dos preços relativos, representados pelo fortalecimento do dólar e pelo aumento dos preços administrados têm colocado importante desafios à condução da política monetária. Esses ajustes de preço fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015”.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralEconomistasInflaçãoMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE