Economia

Tentativa de fraude contra os consumidores bate recorde

Entre os setores preferidos pelos criminosos está o de telefonia, com 42% dos casos, correspondentes a 507,6 mil vezes em tentaram levar a fraude adiante


	Telefone público: segundo o levantamento, em 2010 ocorreram 1,04 milhão de tentativas, número que foi gradualmente subindo. Em 2011, foram 1,13 milhão de tentativas e, em 2012, 1,18 milhão
 (Getty Images)

Telefone público: segundo o levantamento, em 2010 ocorreram 1,04 milhão de tentativas, número que foi gradualmente subindo. Em 2011, foram 1,13 milhão de tentativas e, em 2012, 1,18 milhão (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 12h32.

São Paulo - A cada 15 minutos, uma pessoa sofre tentativa de fraude no Brasil por meio de informações pessoais roubadas. Os ladrões usam os dados para conseguir crédito ou fechar negócio e depois deixam as dívidas em nome das vítimas. As ações do gênero foram recorde, no período de janeiro a julho, com um total de 1,22 milhão de tentativas, segundo a pesquisa Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes.

Segundo o levantamento, iniciado há três anos, em 2010 ocorreram 1,04 milhão de tentativas, número que foi gradualmente subindo. Em 2011, foram 1,13 milhão de tentativas e, em 2012, 1,18 milhão. Entre os setores preferidos pelos criminosos está o de telefonia, com 42% dos casos, correspondentes a 507,6 mil vezes em que os golpistas tentaram levar uma fraude adiante.

A participação do segmento nas tentativas de fraude havia sido de 25%, em 2011 e de 31%, em 2012.

O setor de serviços - construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral, como salões de beleza, pacotes turísticos, etc. - aparecem na segunda posição, com 376,8 mil tentativas ou 31% do total. O setor era o que apresentava, até o ano passado, a maioria das tentativas. A taxa nos sete primeiros meses de 2011 atingiu 33% e, em 2012, 37%.

De acordo com a Serasa Experian, o crescimento no setor de telefonia e serviços está associado à popularização da internet e das mídias sociais. Em bancos e financeiras, a taxa alcançou 19% das ações, a mesma verificada no ano passado e inferior a 2011 (28%).

A pesquisa apurou ainda que, em alguns casos, os fraudadores criam uma identidade mesclando, por exemplo, a filiação de um consumidor com a data de nascimento de outro, e chegam até a usar os dados pessoais de falecidos para obter bens, serviços e linhas de crédito, “deixando prejuízos para os comerciantes e dor de cabeça e sofrimento para as famílias”.

Entre as práticas, há a apropriação de dados fornecidos em cadastros na internet. De posse de dados pessoais, eles compram telefone para obter um comprovante de endereço e assim abrir contas em bancos, ter acesso a talões de cheques, cartão de crédito e empréstimos. Segundo a Serasa, os consumidores que tiveram seus documentos roubados têm dobrada a probabilidade de sofrer uma fraude.

O indicador é constituído pela quantidade de CPFs consultados mensalmente na Serasa Experian multiplicada pela probabilidade de fraude, cuja estimativa do risco é obtida pela empresa por meio de modelos probabilísticos de detecção próprios.

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