Economia

Temer presidirá Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul

Encontro reunirá os presidentes de Argentina, Bolívia, Guiana, Paraguai e Uruguai

Michel Temer: encontro do bloco marca o término da Presidência brasileira no Mercosul (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Michel Temer: encontro do bloco marca o término da Presidência brasileira no Mercosul (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 21h22.

Brasília - O porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, destacou nesta quarta-feira, 20, a participação do presidente na 51ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados e lembrou que o evento que será realizado nesta quinta-feira, 21, em Brasília, marca o término da Presidência brasileira no bloco, iniciada em julho.

"Nesse período, o Brasil, com os parceiros do bloco, aprofundou o resgate da vocação original do Mercosul: vocação para o livre comércio, a democracia e os direitos humanos", disse Parola.

O porta-voz destacou que o encontro reunirá os presidentes de Argentina, Bolívia, Guiana, Paraguai e Uruguai, além de representantes de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname.

"Estará presente, também, como convidado do Mercosul, o ministro de Comércio e Indústria do Egito", disse.

Para marcar o fim da presidência brasileira, o porta-voz de Temer ressaltou ainda que, durante os seis meses do Brasil no comando do bloco, o País continuou o esforço para eliminar barreiras intrabloco na área comercial.

"Novos acordos foram assinados entre os membros do Mercosul. Em abril, foi concluído o Protocolo de Facilitação de Investimentos, de iniciativa brasileira. O acordo confere maior segurança jurídica a investimentos recíprocos", disse. "Sob a Presidência brasileira, o Mercosul seguiu intensificando suas relações econômicas e comerciais com a América Latina e o mundo", completou.

O porta-voz ressaltou ainda que o diálogo com a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru) tem se fortalecido, "com vistas à facilitação do comércio, à maior integração das cadeias regionais de valor e ao apoio às pequenas e médias empresas".

"Em julho, foi assinado novo acordo comercial Mercosul/Colômbia. Esse instrumento ampliou a liberalização do comércio brasileiro com a Colômbia de 84% para 97% da pauta tarifária. Os setores automotivo, têxtil e siderúrgico são particularmente beneficiados", disse.

União Europeia

Segundo Parola, durante a presidência brasileira o acordo Mercosul-União Europeia ganhou vigor e, "após 20 anos de negociações, há perspectiva realista de conclusão do acordo".

O porta-voz destacou ainda a situação da Venezuela e disse que durante a presidência brasileira houve o resgate da vocação original no bloco na área de democracia e direitos humanos.

"Diante da ausência de avanços no quadro democrático-institucional na Venezuela, o país foi suspenso, à luz da cláusula democrática do bloco", disse. "Os países do Mercosul demonstraram que não há alternativa à ordem democrática na região."

Parola disse ainda que a reunião desta quinta será uma oportunidade "valiosa para os países reafirmarem o compromisso com um Mercosul mais aberto e mais moderno".

"O objetivo agora é transformá-lo em plataforma de inserção internacional de seus membros no mundo e no século XXI", disse, destacando uma referência que tem sido usada por frequência pelo presidente Michel Temer em seus discursos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMercosulMichel Temer

Mais de Economia

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação

Reforma tributária: vinho ficará mais caro que a cerveja com o 'imposto do pecado'? Entenda

China prioriza consumo e setor imobiliário em 2025 para recuperação econômica

Crescimento da economia digital impulsiona indústria na China em 2024