Economia

Telefónica tem menos chance de sucesso em oferta após CMVM

Lisboa - As chances de sucesso da oferta da Telefónica para comprar a participação da Portugal Telecom na Vivo ficaram menores depois que o órgão regulador do mercado português, CMVM, rejeitou transferência de votos da espanhola em assembleia de acionistas da sócia portuguesa que acontece na quarta-feira, afirmam analistas. "O mercado deverá reagir negativamente a esta […]

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2010 às 09h38.

Lisboa - As chances de sucesso da oferta da Telefónica para comprar a participação da Portugal Telecom na Vivo ficaram menores depois que o órgão regulador do mercado português, CMVM, rejeitou transferência de votos da espanhola em assembleia de acionistas da sócia portuguesa que acontece na quarta-feira, afirmam analistas.

"O mercado deverá reagir negativamente a esta decisão, considerando que ela aumenta significantemente o risco da proposta da Telefónica não ser aprovada na assembleia", afirmou Pedro Oliveira, analista do BPI.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu na segunda-feira considerar como pertencentes ainda à Telefónica os direitos de voto relativos à venda recente de participação de 8 por cento da empresa na Portugal Telecom.

Segundo alguns analistas, a Telefónica teria "estacionado" essas ações vendidas junto a aliados, prevendo que o presidente da assembleia de acionistas da Portugal Telecom proibiria a companhia de participar da reunião por questão de conflito de interesse.

A Telefónica, maior acionista da Portugal Telecom, com cerca de 10 por cento do capital, oferece 6,5 bilhões de euros pela participação da sócia portuguesa na Brasilcel, joint-venture que detém 60 por cento da Vivo.

Entretanto, a Portugal Telecom rejeitou a proposta, bem como acionistas portugueses da empresa. Esses investidores têm apenas até 34 por cento da Portugal Telecom, enquanto o restante do capital está com investidores internacionais.

Segundo analistas da Oddo Securities, "a oferta parece ter menos chance de sucesso hoje, apesar dos acionistas internacionais virem provavelmente a apoiá-la".

"Com esta decisão (da CMVM), sentimos que o núcleo duro de acionistas portugueses deverá ter cerca de 50 por cento do total dos votos presentes e com permissão para votar na assembleia", disse Pedro Oliveira.

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