Economia

Taxa sobe a 11,6% e Brasil tem quase 12 mi de desempregados

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa de desemprego atingisse 11,5 por cento, pela mediana das projeções


	Desemprego: "Estamos caminhando para o terceiro trimestre e a taxa ainda está subindo e no nível mais alto dela. Isso é de estranhar em termo históricos"
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Desemprego: "Estamos caminhando para o terceiro trimestre e a taxa ainda está subindo e no nível mais alto dela. Isso é de estranhar em termo históricos" (REUTERS/Paulo Whitaker)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2016 às 10h30.

Rio de Janeiro - A taxa de desemprego no Brasil subiu a 11,6 por cento no trimestre encerrado em julho, com quase 12 milhões de pessoas sem emprego no país e renda em queda, em meio ao cenário de recessão e inflação elevada que tem impedido reversões.

Com o resultado, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego renovou a máxima do levantamento, iniciado em 2012. No trimestre até junho, a taxa havia sido de 11,3 por cento.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que a taxa de desemprego atingisse 11,5 por cento em julho pela mediana das projeções.

"Estamos caminhando para o terceiro trimestre e a taxa ainda está subindo e no nível mais alto dela. Isso é de estranhar em termo históricos", afirmou o coordenador da pesquisa Cimar Azeredo.

"Tradicionalmente, o número de desocupados era para estar cedendo. Isso é reflexo claro da recessão instalada no Brasil", acrescentou.

A Pnad Contínua mostrou que o total de desempregados no período de maio a julho foi de 11,847 milhões, salto de 37,4 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, ou 3,225 milhões a mais de pessoas.

Nos três meses até junho, eram 11,586 milhões de desempregados.

A população ocupada diminuiu 1,8 por cento frente ao mesmo período do ano passado, o que representa 1,698 milhão de pessoas a menos em relação ao ano passado.

A Pnad Contínua mostrou que nos três meses até julho houve queda de 3 por cento no rendimento médio em relação ao mesmo período de 2015, para 1.985 reais.

Na semana passada, dados do Ministério do Trabalho já haviam mostrado números destacando a deterioração do mercado de trabalho no mês passado, com o fechamento de 94.724 vagas, acima do esperado pelo mercado.

Texto atualizado às 10h30

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaDados de BrasilDesempregoEstatísticasIBGEPNAD

Mais de Economia

OPINIÃO: Fim da linha

Explosões em Brasília elevam incertezas sobre pacote fiscal e sobre avanço de projetos no Congresso

Após mercado prever altas da Selic, Galípolo afirma que decisão será tomada 'reunião a reunião'

IBC-Br: prévia do PIB sobe 0,80% em setembro, acima do esperado