Economia

Taxa de desemprego no Brasil cai a 4,9% em abril, diz IBGE

Abril é segundo mês consecutivo de queda na taxa, ante 5,0 por cento em março


	Desemprego: leitura é a menor para meses de abril na série histórica
 (Getty Images)

Desemprego: leitura é a menor para meses de abril na série histórica (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 10h09.

Rio de Janeiro - A taxa de desemprego do Brasil recuou a 4,9 por cento em abril, recorde para esses meses, devido à menor procura por vagas, ao mesmo tempo em que a renda média da população caiu.

O número divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava 5,2 por cento.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostrou aumento do desemprego brasileiro em janeiro e fevereiro depois de atingir a mínima histórica de 4,3 por cento em dezembro de 2013.

Mas, em março, interrompeu essa tendência ao cair a 5 por cento, num movimento que já mostrava menos pessoas saindo em busca de colocação.

"Percebemos que o que vem trazendo para baixo a taxa de desemprego é a população desocupada, que expressa a menor procura", destacou a técnica do IBGE Adriana Beringuy.

Segundo o IBGE, a população desocupada caiu 3,3 por cento ante março, chegando a 1,173 milhão de pessoas, com queda de 17 por cento sobre um ano antes.

Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

Já a população ocupada cresceu 0,1 por cento em abril tanto na comparação mensal quanto anual, totalizando 22,941 milhões de pessoas.

"A ocupação não tem apresentado movimentos para expandir e absorver empregados como se viu no passado. Hoje há um cenário de estabilidade na geração de vagas", acrescentou a técnica.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio da população caiu 0,6 por cento no mês passado sobre março, e subiu 2,6 por cento sobre um ano antes, atingindo 2.028,00 reais.

A taxa de desemprego continua em níveis baixos num cenário de inflação alta e juros elevados, que encarecem o crédito e o consumo.

Além disso, a atividade econômica continua sem dar sinais consistentes de recuperação, num momento em que a presidente Dilma Rousseff vai tentar a reeleição. Apesar de ainda robusto, o mercado de trabalho vem perdendo força nos último meses.

Na véspera, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que abril teve a pior criação de vagas para esse período desde 1999, com abertura de 105.384 vagas formais de trabalho.

O IBGE trabalha para substituir a PME por uma pesquisa mais abrangente, chamada de PNAD Contínua.

Depois de adiar a publicação de seus resultados, o instituto decidiu manter a divulgação da pesquisa e os dados do primeiro trimestre de 2014 devem ser informados em 3 de junho. 

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