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Superávit primário é menor em setembro de 2006

Pagamento do 13º salário aos aposentados faz o governo economizar menos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

O adiantamento da parcela do décimo terceiro salário aos aposentados do INSS fez com o que o governo brasileiro economizasse 4,6 bilhões de reais para formar o superávit primário de setembro. A quantia é bem inferior aos 13,2 bilhões economizados em agosto, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (25/10) pelo Banco Central (BC).

Com isso, o resultado da poupança no acumulado do ano atingiu 80,5 bilhões de reais, o que equivale a 5,29% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, um total menor que o alcançado no mesmo período do ano passado, de 86,5 bilhões, ou 6,11% do PIB. As empresas estatais contribuíram com 2,5 bilhões de reais e os governos regionais economizaram 2 bilhões de reais, enquanto o governo central contribuiu com 65 milhões de reais.

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O total pago em juros chegou a 11 bilhões de reais em setembro, menos que no mês anterior, quando alcançou 15,6 bilhões de reais. Mesmo assim, a quantia economizada não foi suficiente para pagar o que era devido e o governo fechou o mês registrando um déficit de 6,4 bilhões de reais. A redução dos juros nominais se deu pelo ganho de 0,4 bilhão de reais nas operações de swap cambial do mês e a redução de 4,6 bilhões de reais da dívida bancária e de 4,9 bilhões da dívida externa. O déficit nominal foi financiado, principalmente, pela expansão da dívida mobilíaria em 15,6 bilhões.

No ano, os juros nominais apropriados chegam a 121,7 bilhões de reais (7,99% do PIB), e o saldo fica negativo em 41,1 bilhões (2,7% do PIB), comparativamente a 33,6 bilhões (2,38% do PIB) no mesmo período do ano anterior.

Dívida

A dívida líquida do setor público chegou a 1,039 bilhão de reais, o que equivale a 50,1% do PIB, em setembro. O percentual em relação ao PIB é o mesmo de agosto. Em 2006, a dívida líquida acumula queda de 1,4 ponto percentual do PIB. O superávit primário, o ajuste decorrente da valorização cambial de 7,1% acumulado no ano, o crescimento do PIB valorizado e as receitas de privatizações contribuíram para a redução da dívida. Já a dívida bruta do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais chega a 1,511 bilhões de reais, ou 72,7% do PIB.

A dívida mobiliária federal em setembro foi de 1,061 bilhão de reais. Em relação ao mês anterior, a alta foi de 22,9 bilhões de reais. O resultado reflete as emissões líquidas de 11,4 bilhões de reais, a incorporação de juros de 11,1 bilhões e o acréscimo de 0,4 bilhões pela depreciação do real frente ao dólar em 1,7%.

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