O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (juros reais mais a atualização monetária) que incidem sobre a dívida (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 10h01.
Brasília - O superávit primário, receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 13,959 bilhões, em outubro, informou hoje (25) o Banco Central (BC). No mesmo período do ano passado, o superávit primário foi de R$ 9,738 bilhões.
Nos dez meses do ano, o superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 118,596 bilhões, ante R$ 86,677 bilhões registrados em igual período de 2010. O resultado está próximo da meta de superávit primário do setor público para este ano que é R$ 127,9 bilhões. Em 12 meses encerrados em outubro, foram R$ 133,615 bilhões de superávit primário, o que corresponde a 3,33% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB).
Mas o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (juros reais mais a atualização monetária) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 20,257 bilhões, em outubro, e a R$ 197,732 bilhões, nos dez meses. Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 6,298 bilhões, no mês passado, e R$ 79,136 bilhões, de janeiro a outubro.
Em outubro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 11,404 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,229 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 326 milhões.