Economia

Super-ricos do Oriente Médio não dependem só do petróleo

Estudo da Wealth-X mostra que, para a maior parte dos super-ricos na região, o setor de petróleo não é a fonte de sua riqueza

Número de super-ricos no mundo vai crescer uma média de 3,9%, segundo estudo (Dan Kitwood/Getty Images)

Número de super-ricos no mundo vai crescer uma média de 3,9%, segundo estudo (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 12h47.

São Paulo – Para a maior parte dos super-ricos do Oriente Médio, o setor de petróleo não é mais a fonte de sua riqueza, segundo estudo da Wealth-X divulgado em março. Os super-ricos da região, agora, são ligados ao setor financeiro ou a conglomerados industriais. 

O perfil do super-rico da região é, majoritariamente, a pessoa que construiu sua fortuna (55%), seguida pelos que construíram com base em herança (31%) e os herdeiros. Na região há 4.595 super-ricos, com um montante total de 710 bilhões de dólares.

Super-ricos em tempos de crise

Nos próximos anos, o número de super-ricos no mundo vai crescer uma média de 3,9% - e a riqueza desse grupo, 5,5%, segundo estudo da Wealth-X publicado em 2012. O material indica que, no ano passsado havia, no mundo, 187.380 pessoas com patrimônio líquido de, pelo menos, 30 milhões de dólares.

Na metade de 2012, essas pessoas concentravam 25,775 trilhões de dólares. Em tempos de crise na Europa e desaceleração em economias emergentes, o grupo parece ter sofrido apenas um arranhão: o valor total da riqueza caiu 1,8% em relação ao ano anterior, enquanto o número de super-ricos subiu 0,6%.

Projeções indicam que, em 2025, a população de super-ricos da Ásia vai superar a dos Estados Unidos – a riqueza deve superar em 2020. A América do Norte ainda concentra a maior parte do dinheiro e das pessoas: 8.880 bilhões de dólares e 65.295 pessoas, seguida pela Europa. Em 2012, foi a Oceania que presenciou o maior crescimento de super-ricos, com um aumento de 5,9%, impulsionado pelo crescimento contínuo da Austrália, segundo o relatório. Enquanto isso, a Ásia, viu a maior redução – 2,1%. A perda de riqueza foi elevada na região em decorrência das perdas em Hong Kong, China e Japão, segundo o estudo. O Oriente Médio, por sua vez, registrou aumento de 2,2% no número de pessoas e queda de 1,4% no patrimônio. 

Apesar das perdas, o total de pessoas com mais de 1 bilhão de dólares (2.160 indivíduos) aumentou 9,4% em relação ao ano anterior. O grupo dos mais pobres entre os super ricos – aqueles que tem entre 30 milhões de dólares e 49 milhões de dólares cresceu bem menos: 0,4%. 

Em 2012, a América Latina era a moradia de 14.750 super-ricos (e de seus 2,2 trilhões de dólares). Desse total, 4.640 indivíduos (e 865 bilhões de dólares) estão no Brasil, o país que possui o maior número de super-ricos na região. Junto com o Chile, o Brasil registrou uma das maiores quedas no número de pessoas, 1,8%. Enquanto isso, Venezuela e México observaram um aumento. 

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