Para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o Brasil reúne todas as condições de crescer de forma sustentada. Ele ressaltou que as perspectivas para 2004 são muito mais favoráveis do que no início deste ano.
Meirelles participou na manhã desta terça-feira (9/12) da abertura de um seminário, em São Paulo, promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Todos os indicadores da economia brasileira apresentaram melhora consistente: a inflação sob controle, saldo comercial recorde no valor de 23 bilhões de dólares, superávit de 3,9 bilhões de dólares em conta corrente, queda do risco Brasil, diminuição da volatilidade no câmbio, redução da dívida indexada ao dólar e os sinais antecedentes indicando recuperação da atividade , disse o presidente do BC.

Meirelles reafirmou que o Banco Central leva em consideração o regime de metas de inflação e não o de metas para a taxa de juros, por isso o Comitê de Política Monetária (Copom) não pode ceder a pressões para baixar a Selic.

Na quinta-feira passada (4/12), o ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse que o Copom deve baixar os juros na sua reunião deste mês. Na ocasião, defendeu que o Brasil precisa atingir uma taxa de juros real (descontada a inflação) civilizada , num patamar entre 6% e 8% ao ano. Hoje, está em cerca de 10%.