Paulo Skaf, presidente da Fiesp: empresas pagam impostos antes de receber dos clientes, o que prejudica o setor (Rogerio Montenegro/EXAME)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 11h08.
São Paulo* – O presidente da FIESP, Paulo Skaf, defendeu a ampliação no prazo de recolhimento de impostos para aquecer a economia no curtíssimo prazo, em evento realizado hoje pelo LIDE, em São Paulo.
Para Skaf, há um desequilíbrio entre o recolhimento de impostos e o pagamento dos clientes à indústria. Estudos da FIESP mostram que as empresas pagam os impostos e só 49 dias depois, em média, recebem de seus clientes, segundo Skaf. “Isso é um absurdo. Isso tem que ser corrigido”, disse Skaf.
“Uma semana não vai resolver, mas 60 dias a mais, a todos, sem exceção, daria um folego que poderia recuperar a economia imediatamente em 2012”, disse Skaf.
No médio e longo prazo, Skaf defende o foco na competitividade. “O problema nas nossa empresas não está da porta pra frente”, afirmou. “Hoje produzir no Brasil é mais caro que nos Estados Unidos ou em alguns países europeus. Precisamos de medidas de curtíssimo prazo e também medidas de médio prazo que resolvam a competitividade do nosso país”, disse Skaf.
Skaf citou, como possível melhoria na competitividade do país, a diminuição do custo da energia. “Isso depende de nós, a questão da Grécia e Espanha depende deles”, disse Skaf, citando os problemas internacionais que também refletem na economia brasileira.
Mantega, em sua apresentação no evento, afirmou que propostas de desoneração ou postergação de tributos são importantes e pediu medidas estaduais na mesma linha.
*A matéria foi alterada às 11:07 horas para o acréscimo de informações.