Economia

Situação fiscal atual é o maior desafio, diz futuro secretário do Tesouro

Com aumento nos gastos do governo no combate à pandemia do coronavírus, dívida pública atingiu maior nível desde 2006

Bruno Funchal: para o futuro secretário, também é necessário melhorar a qualidade dos programas sociais e não apenas aumentar o valor gasto (Edu Andrade/Ascom/ME/Divulgação)

Bruno Funchal: para o futuro secretário, também é necessário melhorar a qualidade dos programas sociais e não apenas aumentar o valor gasto (Edu Andrade/Ascom/ME/Divulgação)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 3 de julho de 2020 às 17h44.

Última atualização em 3 de julho de 2020 às 17h56.

O futuro secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta sexta-feira que seu maior desafio à frente do cargo será a situação fiscal atual, pontuando que é preciso voltar aos trilhos após os gastos extraordinários com a crise, prosseguindo com as reformas de consolidação fiscal. O atual secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, vai deixar o governo Bolsonaro em 31 de julho.

Ao participar de live promovida pelo Itaú BBA, ele avaliou ser preciso fazer um debate mais profundo acerca de tudo relativo a despesas.

Nesse sentido, também pontuou que é necessário melhorar a qualidade dos programas sociais e não apenas aumentar o valor gasto.

Nesta semana, o Banco Central divulgou que a dívida pública brasileira atingiu 5,9 trilhões de reais em maio com os gastos extras causados pela pandemia. Esse nível equivale a 81,9% do PIB, o maior resultado da série histórica do Banco Central, iniciado em dezembro de 2006.

O aumento no endividamento é decorrente do crescimento das despesas do governo com medidas de combate à crise causada pela covid-19. Sem recursos, o governo emite títulos de dívida para o mercado. Dessa maneira, ele recolhe recursos para financiar ações como investimentos em hospitais ou o pagamento do auxílio emergencial.

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