Economia

Setor imobiliário teme que restrição de recursos traga crise

Se o valor do imóvel financiado chegar a ser menor do que as prestações que faltam para quitá-lo, a tendência é que os mutuários deixem de pagar os empréstimos


	Imóveis: a última preocupação é a proposta protocolada na Câmara dos Deputados de alterar o índice de correção do FGTS
 (Divulgação)

Imóveis: a última preocupação é a proposta protocolada na Câmara dos Deputados de alterar o índice de correção do FGTS (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2015 às 10h04.

Brasília - A falta de recursos para financiamentos imobiliários pode levar, em última consequência, a uma crise imobiliária. "Nunca vivemos uma bolha imobiliária no Brasil, mas a falta de funding pode fazer com que soframos as mesmas consequências", afirmou um executivo de uma instituição financeira.

Para ele, o preço dos imóveis novos e usados deve baixar nesse período de restrição. Se o valor do imóvel financiado chegar a ser menor do que as prestações que faltam para quitá-lo, a tendência é que os mutuários deixem de pagar os empréstimos.

De imediato, o setor da construção civil já sofre as consequências: demitiu de outubro do ano passado a março deste ano 270 mil pessoas. "Sofremos com essa indefinição total", afirma o presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins.

O segmento aguarda as novas condições das próximas etapas do Minha Casa Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que também estão paralisados por falta de recursos.

A última preocupação, segundo Martins, é a proposta protocolada na Câmara dos Deputados de alterar o índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para o índice da poupança (6,17%).

Se aprovada a proposta, haverá reajustes nos juros cobrados nos financiamentos do Minha Casa, inferiores aos praticados no mercado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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