Economia

Servidores que rejeitarem proposta ficarão sem aumento

As negociações se encerram neste fim de semana e o governo espera assinar os acordos com as categorias até terça-feira da semana que vem


	Protesto dos servidores federais em greve: reajuste salarial de 15,8 por cento será palavra final do governo, diz fonte
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Protesto dos servidores federais em greve: reajuste salarial de 15,8 por cento será palavra final do governo, diz fonte (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 20h14.

Brasília - O governo decidiu que não vai alterar a proposta feita aos servidores de reajuste salarial de 15,8 por cento, dividos em três parcelas até 2015, e que as categorias que não aceitarem ficarão sem o aumento, informou à Reuters uma fonte do governo nesta sexta-feira.

As negociações se encerram neste fim de semana e o governo espera assinar os acordos com as categorias até terça-feira da semana que vem.

O mesmo reajuste parcelado deve ser estendido aos servidores do Poder Judiciário. O governo ainda vai apresentar uma proposta para os militares, cujo percentual tem sido mantido em segredo, mas é diferente dos 15,8 por cento.

Segundo essa fonte, que pediu para não ter seu nome revelado, a expectativa do governo é que as manifestações dos grevistas e das carreiras que pressionam por aumentos maiores ficarão ainda mais inflamadas na semana que vem porque o governo tem até sexta-feira que vem para encaminhar ao Congresso a peça orçamentária de 2013. Apenas os reajustes que estiverem previstos no Orçamento poderão ser pagos em 2013.

Para tentar combater o acirramento da pressão dos grevistas, medidas judiciais adotadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) e o corte de ponto dos grevistas continuarão sendo adotadas na próxima semana.

Nas negociações comandadas pelo Ministério do Planejamento, apenas os servidores da educação conseguiram propostas superiores aos 15,8 por cento, chegando a reajuste de 27 por cento dependendo da função, o que consumirá cerca de 7,1 bilhões de reais pelos próximos três anos.

Segundo a fonte, o governo vê a pressão de grevistas de carreiras de estado como os policiais federais, auditores da Receita Federal, servidores do Banco Central e do Tesouro, como um risco para o teto do funcionalismo, estabelecido em 26,7 mil reais. "Isso não dá para ceder", disse a fonte.

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