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Serra vai investir dinheiro da Nossa Caixa em trens e metrô

Transporte sobre trilhos terá prioridade no uso dos R$ 5,3 bilhões levantados com a venda do banco ao BB

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2008 às 20h10.

O governador de São Paulo, José Serra, diz que o transporte sobre trilhos terá prioridade na aplicação dos 5,38 bilhões de reais obtidos com a venda do controle da Nossa Caixa para o Banco do Brasil. As estatais Metrô e CPTM terão dinheiro para ampliar as linhas na região metropolitana de São Paulo.

Serra disse que o preço acertado como BB foi "bom", mas que corresponde a só 4,6% do orçamento do governo de São Paulo neste ano. Além do investimento em transporte ferroviário, Serra prometeu construir estradas vicinais para melhorar o acesso a cidades do interior do estado. Também disse que haverá investimentos em saúde e na construção de uma rede de hospitais de reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física.

O governador também prometeu construir uma nova faixa para o tráfego em cada um dos sentidos da marginal do Tietê, uma obra orçada em 700 milhões de reais. Do total de 25 km de extensão da via, 15,5 km estão sob administração do estado e o resto é da iniciativa privada. O investimento será dividido e a licitação da obra está prevista para janeiro.

O governo estadual também planeja investir na Sabesp e descartou a privatização da companhia de saneamento. Por último, Serra disse que vai criar uma agência de fomento para pequenas e médias empresas, que terá 1 bilhão de reais para realizar suas atividades.

Cesp

O governador negou que a renovação das licenças das hidrelétricas da Cesp esteja vinculada à venda da Nossa Caixa ao BB. "Não se falou de ambos os assuntos simultaneamente", afirmou. No ano passado, Serra tentou vender a Cesp, mas o leilão fracassou por falta de interessados. As principais empresas de energia presentes no Brasil se ausentaram da disputa porque temiam que as licenças das duas maiores hidrelétricas da Cesp não fossem renovadas em 2015.

Desde então, Serra tem negociado com o governo federal uma solução para as licenças. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, lidera um grupo de estudos para buscar uma solução sobre a renovação das licenças da Cesp e também de outras empresas de energia que possuem problemas semelhantes - incluindo a Eletrobrás. Segundo Serra, o grupo deve chegar a uma conclusão em dois meses.

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