Economia

Serasa: otimismo de varejo com Dia da Criança recua

Na avaliação da Serasa, a redução da parcela de empresários otimistas com o aumento das vendas ante o ano anterior acontece pela piora no ambiente macroeconômico

Para as varejistas, 70% dos presentes serão brinquedos (Giulio Marcocchi /Getty Images/Getty Images)

Para as varejistas, 70% dos presentes serão brinquedos (Giulio Marcocchi /Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 07h36.

São Paulo - Pouco mais da metade (53%) dos empresários do ramo varejista do País preveem vendas no Dia da Criança superiores à mesma data do ano passado, porém abaixo ao registrado no mesmo levantamento de 2010, quando 57% dos empresários estimavam vendas maiores na comparação com o dia da Criança de 2009. Os números são da Serasa Experian, divulgados hoje

Na avaliação da Serasa, a redução da parcela de empresários otimistas com o aumento das vendas ante o ano anterior acontece pela piora no ambiente macroeconômico. "No ano passado, o País crescia vigorosamente. Este ano, a inflação, a recente valorização do dólar e as incertezas globais parecem sobrepor-se ao novo ciclo de queda dos juros no País", afirmou a Serasa por meio de nota divulgada à imprensa.

Segundo a pesquisa, neste ano, 38% dos empresários falam em estabilidade nas vendas frente a 2010, enquanto há um ano essa expectativa era para 35% deles. Já o grupo que projeta vendas menores neste Dia da Criança em relação ao ano passado atinge 9% dos empresários, ante 8% para a mesma data de 2010 frente a 2009.

"Cabe destacar que o menor otimismo neste Dia da Criança é atenuado pelos (empresários) que acreditam que vão repetir o faturamento de 2010 (no total, 38% deles), isso porque foi uma data com bons resultados, em um ano mais favorável. Dessa forma, repetir 2010 é positivo", destacou a Serasa.

Os preços dos presentes deverão ficar em até R$ 50 para 42% das varejistas consultadas pela Serasa, enquanto para 39% delas o valor varia entre R$ 51 e R$ 100, para 14%, entre R$ 101 e R$ 200, para 3%, entre R$ 201 e R$ 300 e para 2%, acima de R$ 301. O tíquete médio neste ano deverá ficar em R$ 77.


Para as varejistas, 70% dos presentes serão brinquedos. Na sequência, aparecem celulares e smartphones (9%), eletrônicos (7%), roupas, sapatos e acessórios (5%), jogos eletrônicos (5%), produtos de informática, como tablets, notebook e computadores (2%), chocolates e doces (1%) e artigos esportivos (1%).

Por porte de comércio, as grandes varejistas são as mais otimistas para o Dia da Criança de 2011, com 67% delas projetando faturamento superior à mesma data de 2010, seguida pelas médias (63%) e pelas pequenas empresas (53%). Entre as regiões brasileiras, a mais otimista é a Nordeste, com 59% dos empresários programando faturamento superior ao ano passado, seguido pelo Centro-Oeste (57%), Sudeste (55%), Sul (47%) e Norte (44%). A pesquisa ouviu 1.015 executivos do setor de comércio, entre os dias 1º e 12 de setembro. 

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