Economia

Serasa: inadimplência avança 3,9% em julho

São Paulo - O crescimento acelerado do endividamento está pressionando os índices de inadimplência no Brasil. Em julho, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou alta de 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é a terceira alta seguida na comparação anual, informou hoje a Serasa Experian, empresa especializada em […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - O crescimento acelerado do endividamento está pressionando os índices de inadimplência no Brasil. Em julho, o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou alta de 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta é a terceira alta seguida na comparação anual, informou hoje a Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito.

Em relação a junho deste ano, o indicador apontou alta de 1,5% na inadimplência em julho. De acordo com os economistas da Serasa Experian, as dívidas feitas no Dia das Mães e no Dia dos Namorados contribuem para o avanço da inadimplência. "Além das compras feitas nas datas comemorativas em maio e junho e das constantes promoções do varejo, com prazos mais alongados para diluir a elevação da taxa de juros, o consumidor carrega dívidas desde março, quando aproveitou a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para comprar veículos e eletrodomésticos da linha branca", disseram os técnicos da empresa no documento de divulgação da pesquisa.

No acumulado do ano até julho, no entanto, a inadimplência do consumidor registra queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Serasa Experian. "Mesmo em ritmo moderado a perspectiva é de que a inadimplência continue crescendo até o final do ano", ressaltaram os economistas.

Em julho, as dívidas com cartões de crédito puxaram o crescimento da inadimplência, com alta de 4,4% em relação ao mês anterior e peso de 1,4 ponto porcentual no índice geral, de 1 5%. As dívidas em atraso com bancos avançaram 0,3% no período, enquanto os títulos protestados subiram 7,4%. Por outro lado, os cheques devolvidos por falta de fundos recuaram 1,4%.

Valor das dívidas

De janeiro a julho, o valor médio dos cheques sem fundos foi de R$ 1.230,23, o que indica uma alta de 39,2% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. No caso das dívidas bancárias não pagas, o valor médio foi de R$ 1.324,09 (baixa de 0,7%). Os títulos protestados registraram valor médio de R$ 1.162,20 (alta de 5,9%) no mesmo período, enquanto a inadimplência com cartão de crédito atingiu valor médio de R$ 384,37 (alta de 3,8%).

Veja mais das dívidas

Siga as últimas notícias de Economia no Twitter

 

Acompanhe tudo sobre:ConsumidoresConsumoDívidas pessoais

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame