Economia

Senado dos EUA aprova Orçamento de US $ 3,5 trilhões

Os republicanos criticam o marco orçamentário como um gasto excessivo, que pode impulsionar a inflação e elevar impostos para empresas e pessoas físicas

Orçamento dos EUA: apenas com votos democratas, por 50 votos a 49, a proposta foi aprovada (Omar Chatriwala/Getty Images)

Orçamento dos EUA: apenas com votos democratas, por 50 votos a 49, a proposta foi aprovada (Omar Chatriwala/Getty Images)

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AFP

Publicado em 11 de agosto de 2021 às 07h11.

Última atualização em 11 de agosto de 2021 às 13h49.

O Senado dos Estados Unidos deu mais um passo nesta quarta-feira (11) para a aprovação de um plano de gastos sociais de US$ 3,5 trilhões, destinados fundamentalmente a importantes investimentos nas áreas de saúde, educação e luta contra a mudança climática.

A medida foi aprovada por 50 votos a favor, e 49 contra, seguindo as linhas partidárias, após uma sessão de várias horas.

"Os senadores democratas acabam de passar nossa resolução de orçamento para oferecer investimentos históricos para os empregos, as famílias e para lutar contra a mudança climática", celebrou no Twitter o líder da maioria governista, Chuck Schumer.

"Isso nos coloca no caminho certo para uma transformação geracional sobre como nossa economia funciona para o americano médio", completou.

Os líderes democratas pretendem avançar com o pacote nos próximos meses, usando um procedimento acelerado conhecido como "reconciliação". Este dispositivo permite que a legislação relacionada ao orçamento seja aprovada por maioria simples no Senado, e não pelos 60 votos habituais.

O projeto de orçamento de dez anos é o passo seguinte na ambiciosa agenda do presidente Joe Biden, após o plano de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão, aprovado pelo Senado na terça-feira (10) com apoio bipartidário e que agora será debatido na Câmara de Representantes.

O plano de gastos inclui medidas contra o aquecimento global, status de residência para milhões de trabalhadores migrantes e dois anos de mensalidades pagas nas universidades públicas, assim como outros aspectos de infraestrutura que não foram incluídos no pacote aprovado pelo Senado.

Os senadores têm até 15 de setembro para apresentar emendas.

Antes da votação, o líder dos republicanos na Casa, Mitch McConnell, disse que os democratas estavam "prestes a dar o primeiro passo em direção a mais uma farra de impostos e de gastos irresponsáveis e partidários".

Alguns moderados no Partido Democrata também manifestaram preocupação com o custo total do plano, o que antecipa duras negociações.

O Congresso deve aprovar o pacote de gastos até 30 de setembro, ou prorrogar o atual orçamento enquanto os debates prosseguem.

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