Economia

Senado aprova reajuste de salário de categorias de servidores públicos

Texto já passou pela Câmara e segue agora para sanção de Lula

Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF) (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Plenário do Senado Federal, em Brasília (DF) (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 29 de maio de 2024 às 15h03.

Última atualização em 29 de maio de 2024 às 15h15.

Tudo sobreLuiz Inácio Lula da Silva
Saiba mais

O Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei do Poder Executivo sobre reajuste salarial de várias categorias de servidores públicos e prevê reestruturação de carreiras. A medida já foi aprovada pela Câmara e segue agora para sanção presidencial.

O texto foi apresentado pelo Poder Executivo como um substituto à medida provisória (MP) apresentada em dezembro de 2023 sobre recomposição salarial. O projeto original tratava apenas das carreiras da Agência Nacional de Mineração (ANM), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), de Tecnologia da Informação e de analistas de política social.

O texto estabelece atribuições dos cargos, estruturas funcionais das carreiras, requisitos para ingresso e regras para o desenvolvimento funcional dos servidores. O projeto também define regras para remunerações dos cargos, com aumento salarial.

Ao passar pela Câmara, o relator da Casa, deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), priorizou a inclusão de carreiras da Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Penal, com aumentos de 2024 a 2026.

Os maiores reajustes ficaram para o policial penal, que chega a 77,15% no fim de carreira (R$ 20 mil em 2026) e passará a receber na forma de subsídio, ou seja, sem valores incorporados à remuneração por decisão administrativa ou judicial. A PRF terá reajuste de 27,48% no fim de carreira (R$ 23 mil em 2026) e o delegado da PF, 27,48% (R$ 41,35 mil em 2026).

Outras carreiras

Mineração

O texto iguala os salários das carreiras da Agência Nacional de Mineração (ANM) aos das demais agências reguladoras ao longo de três anos (2024 a 2026). Para o cargo de Especialista em Recursos Minerais (nível superior), por exemplo, o salário máximo em 2023 de cerca de R$ 18 mil passa a ser de R$ 20,4 mil em 2024 e chega a R$ 22,9 mil em 2026, quando a remuneração é transformada em subsídio.

Outros cargos como Técnico em Atividades de Mineração (nível intermediário), Analista Administrativo e Técnico Administrativo também terão reajuste. O Senado também aceitou mudança para equiparar o mandato dos dirigentes da ANM aos das demais agências reguladoras, passando de quatro anos com recondução para cinco anos sem recondução.

Funai

O projeto também faz uma ampla reestruturação das carreiras da Funai. Os servidores ocupantes dos cargos de especialista e outros de nível superior passam a ganhar no máximo, no fim da carreira, cerca de R$ 13 mil em 2024; R$ 15 mil em 2025; e R$ 17 mil em 2026.

Políticas sociais

O projeto centraliza o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que definirá em quais órgãos da administração os servidores exercerão suas funções. Está previsto aumento de remuneração do cargo em três parcelas, com pagamento por subsídio a partir de janeiro de 2025.

Defesa Civil

Será criada a Gratificação Temporária de Proteção e Defesa Civil (GPDEC) para servidores de carreira da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A gratificação será no valor de cerca de R$ 3,8 mil para cargos de nível superior e de R$ 2,4 mil para cargos de nível intermediário.

A gratificação será para até 100 servidores que atuarem diretamente em atividades de defesa civil "críticas finalísticas", como a ação em casos de calamidade pública. Serão 90 vagas para cargos de nível superior e outras dez para nível médio.

Acompanhe tudo sobre:SenadoReajustes salariaisGoverno Lula

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor