Economia

Semana tem tudo para acabar muito bem

A semana que teve um feriado, duas pesquisas eleitorais desfavoráveis ao candidato do governo José Serra e mais fraudes contábeis nos Estados Unidos até que não acabou mal para o Brasil. O mercado brasileiro se recuperou, apesar disso tudo, graças ao apoio conseguido pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, junto a instituições financeiras e […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h48.

A semana que teve um feriado, duas pesquisas eleitorais desfavoráveis ao candidato do governo José Serra e mais fraudes contábeis nos Estados Unidos até que não acabou mal para o Brasil. O mercado brasileiro se recuperou, apesar disso tudo, graças ao apoio conseguido pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, junto a instituições financeiras e organismos internacionais.

Ontem, a Bovespa encerrou o pregão com alta de 2,3%, enquanto o dólar recuou 1,96% para 2,795 reais. O risco-país brasileiro despencou 4,9% para 1.549 pontos, e o C-Bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, avançou 2,86% para 63% do valor de face.

Fraga teve sucesso em seu objetivo de acalmar os investidores em relação à situação brasileira. A manifestação de apoio veio de três importantes instituições financeiras americanas: o Fundo Monetário Internacional, do Federal Reserve e o Tesouro dos EUA.

Alguns analistas acreditam que o desempenho do BC no exterior, aliado com os fundamentos econômicos do país, pode representar um sinal de tempos mais tranqüilos até as eleições. Pelo menos a tentativa de Fraga para acalmar os ânimos é explícita , afirma um analista de São Paulo.

Tão explícita que até extrapolou o protocolo. Ontem, Fraga telefonou para o deputado Aloízio Mercadante (PT) para convida-lo a discutir a situação econômica do país. Com isso, a área econômica do governo FHC admite, implicitamente, que a oposição pode vencer as eleições e, ao invés de argumentar que isso poderia ser um grande risco para o país, procura trabalhar para reduzir eventuais impactos negativos de uma mudança de governo , afirmam os analistas do Lloyds TSB.

Existem ainda algumas especulações sobre contatos que estariam sendo feitos entre assessores dos principais candidatos de oposição à presidência e representantes do FMI. Tais conversações poderiam reduzir o exagerado temor do mercado de que medidas radicais pudessem vir a ser implementadas em caso de vitória oposicionista , diz o Lloyds.

Hoje, o mercado está de olho no leilão de títulos públicos que o BC realiza logo mais. Serão ofertados 15 milhões de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) e oferecida a troca de NBC-E (Notas do Banco Central, série Especial) por contratos de swap cambial (títulos cujo retorno garante a variação do dólar). Todos os papéis envolvidos na operação vencem em 2003.

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) registou inflação de 0,23% na região metropolitana de São Paulo na primeira semana de julho. As principais altas foram: Despesas Pessoais (0,53%), Alimentação (0,39%), Habitação (0,25%) e Saúde (0,21%). A Fipe também registrou aumento em Vestuário (0,15%) e Educação (0,09%). No mês passado, o IPC teve inflação de 0,31. Resta agora esperar pelo dia de hoje.

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