Economia

Sem conseguir estimular inflação, BCE fará revisão de suas ferramentas

Banco central da zona do euro não consegue atingir sua meta de inflação há anos apesar das medidas agressivas de estímulo

Zona do Euro: região tem inflação abaixo da meta, o que indica estagnação (Image Source/Getty Images)

Zona do Euro: região tem inflação abaixo da meta, o que indica estagnação (Image Source/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 09h10.

Frankfurt — A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, deve lançar uma ampla revisão de sua política monetária nesta quinta-feira em que provavelmente redefinirá a principal meta do BCE e como alcançá-la.

O banco central da zona do euro não consegue atingir sua meta de inflação de pouco abaixo de 2% há anos apesar das medidas agressivas de estímulo com o predecessor de Lagarde, Mario Draghi.

O BCE não deve fazer qualquer mudança na política monetária esta semana, mas simplesmente manter sua promessa de continuar comprando títulos e, se necessário, cortar os juros até que o aumento dos preços na zona do euro caminhe de volta para sua meta.

Entretanto, Lagarde irá anunciar o início e escopo da primeira revisão estratégica do BCE desde 2003, que vai durar a maior parte do ano e abranger tópicos que vão da meta de inflação a dinheiro digital e combate à mudança climática.

"A reunião (de quinta-feira) será importante para avaliar se o objetivo de reconsiderar a meta de inflação manteve o foco na motivação 'dovish' que Draghi tentou dar", disse Greg Fuzesi,economista do JP Morgan.

O BCE anunciará sua decisão de política monetária às 9h45 (horário de Brasília) e Lagarde dará sua segunda entrevista à imprensa como chefe do banco a partir de 10h30.

Acompanhe tudo sobre:BCEChristine LagardeEuropaZona do Euro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor