Economia

Selic cai, mas Brasil ainda tem o maior juro real do mundo

Para tirar o país da primeira posição seria preciso um corte de 2,75 pontos percentuais na taxa Selic

Decisão do Banco Central leva o juro real a xx%, mas mantém o país no topo do ranking (Divulgação/Banco Central)

Decisão do Banco Central leva o juro real a xx%, mas mantém o país no topo do ranking (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 12h34.

São Paulo – O Banco Central (BC) reduziu pela quarta vez consecutiva a taxa básica de juros da economia brasileira. A queda, porém, não foi suficiente para tirar o Brasil do primeiro lugar no ranking dos maiores pagadores de juros reais do mundo.

Segundo levantamento do estrategista-sênior da corretora do Banco Cruzeiro do Sul, Jason Vieira, se o país quiser deixar a colocação ingrata, seria preciso cortar a Selic em 2,75 pontos percentuais.

Com a Selic atual, a taxa brasileira, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses é de 4,9%. Assim, o Brasil segue líder disparado do ranking, com juros reais que são praticamente o dobro do segundo colocado, a Hungria. (Veja infográfico com os juros reais nas principais economias).

No levantamento feito pela Cruzeiro do Sul Corretora, é possível observar também que, por causa da crise internacional, vários países estão com juro real negativo. A média dos 40 países pesquisados é de -0,9%.

País Taxa real
Fonte: Cruzeiro do Sul Corretora
Brasil 4,9%
Hungria 2,8%
China 2,4%
Indonésia 2,1%
Rússia 1,8%
Colômbia 1,0%
Austrália 0,7%
Suíça 0,7%
México 0,7%
Japão 0,6%
Chile 0,6%
Filipinas 0,3%
Israel 0,2%
Taiwan -0,2%
Malásia -0,2%
Tailândia -0,3%
Polônia -0,3%
Argentina -0,5%
Suécia -0,5%
África do Sul -0,6%
Coreia do Sul -0,9%
Alemanha -1,1%
Espanha -1,4%
Holanda -1,4%
Grécia -1,4%
República Tcheca -1,4%
França  -1,5%
Índia -1,7%
Dinamarca -1,7%
Canadá -1,8%
Áustria -2,1%
Itália -2,2%
Bélgica -2,4%
Portugal -2,5%
Estados Unidos -3,0%
Inglaterra -3,6%
Turquia -4,3%
Hong Kong -4,9%
Cingapura -5,4%
Venezuela -8,3%
Média dos 40 países -0,9%
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