Economia

Seca evita aumento da safra de cana do centro-sul em 2014/15

Safra é estimada agora em um volume semelhante ao registrado na atual temporada 2013/14


	Plantação de cana de açúcar: usinas do centro-sul, região que responde por 90 por cento da produção nacional de cana, estão encerrando a safra 13/14 com uma moagem recorde de 596,2 milhões de toneladas
 (Kiko Ferrite/EXAME)

Plantação de cana de açúcar: usinas do centro-sul, região que responde por 90 por cento da produção nacional de cana, estão encerrando a safra 13/14 com uma moagem recorde de 596,2 milhões de toneladas (Kiko Ferrite/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 12h54.

São Paulo - O clima seco e quente no centro-sul do Brasil deverá evitar um crescimento na safra 2014/15 de cana, estimada agora em um volume semelhante ao registrado na atual temporada 2013/14, disse nesta segunda-feira a associação que representa as principais empresas do setor.

As usinas do centro-sul, região que responde por 90 por cento da produção nacional de cana, estão encerrando a safra 13/14 com uma moagem recorde de 596,2 milhões de toneladas, segundo os dados atualizados até o final de janeiro.

"A verdade é que nós vamos perder todo o potencial que havia de crescimento, perto de 40 milhões de toneladas", disse o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, em São Paulo.

As chuvas, que voltaram à região nos últimos dias, deverão apenas impedir novas perdas, sem condições de recuperarem os prejuízos registrados até o momento.

"O que perdeu, perdeu. Não tem mais esta recuperação, e a expectativa agora é que a chuva se mantenha na normalidade e que não tenha uma quebra maior ainda do que já aconteceu", disse Padua.

A Unica divulgará, entre o final de março e começo de abril, uma avaliação das perdas efetivas ocorridas desde dezembro, informou o executivo.

Padua conversou com jornalistas após evento de lançamento de um programa de incentivo à inovação tecnológica na área agrícola do setor sucroenergético (PAISS Agrícola), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep).

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