Economia

Sarney é reverenciado em evento do PMDB

Um dia depois de conseguir manter o Ministério do Turismo nas mãos do PMDB do Maranhão, mesmo depois das denúncias de corrupção, Sarney foi reverenciado pelo governo

José Sarney baseou-se no parecer da Secretaria Geral da Mesa, atestando número insuficiente de assinaturas para criação da CPI (José Cruz/ABr)

José Sarney baseou-se no parecer da Secretaria Geral da Mesa, atestando número insuficiente de assinaturas para criação da CPI (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 23h48.

Brasília - Com a presença de apenas dois dos cinco governadores do partido, o encontro nacional do PMDB acabou se transformando em um palco para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Um dia depois de conseguir manter o Ministério do Turismo nas mãos do PMDB do Maranhão, mesmo depois das denúncias de corrupção envolvendo seu afilhado político Pedro Novais, Sarney foi reverenciado pelo PT e pela presidente Dilma Rousseff.

Idealizado para turbinar algumas candidaturas peemedebistas nas eleições de 2012, em especial a do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) à prefeitura de São Paulo, o Fórum Nacional do PMDB foi salvo pela presença da presidente Dilma, que tirou o foco da demissão de Novais. Ela fez o discurso que o partido queria ouvir: a aliança com o PMDB é essencial para o bom andamento de seu governo e essa "parceria se estabelece no relacionamento profícuo e de confiança que tenho" com vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).

A presença de Dilma não "ofuscou", no entanto, as ausências do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito carioca, Eduardo Paes. A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, também não apareceram no encontro.

Saia Justa

O momento "saiu justa" do fórum ficou por conta do presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Na presença do secretário-geral do PT, Eloi Pietá, e minutos antes da chegada da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e do líder do PT no Senado, Humberto Costa, o presidente do PMDB voltou a defender a candidatura própria à presidência da República nas eleições de 2014. Por sorte, Temer, que tem pretensões de repetir a chapa, daqui a três anos, como vice de Dilma ainda não havia chegado ao encontro.

Durante o Fórum Nacional, o partido lançou uma carta com 15 compromissos com o povo brasileiro. Um dos pontos é a "garantia de liberdade de imprensa, que é a luta nossa desde a criação do MDB". A carta também defende a reforma política, a sustentabilidade ambiental e melhoria na saúde, educação e segurança pública.

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