Saque do FGTS não incentiva compras maiores na Black Friday, diz pesquisa
À pesquisa do site Zoom, 70% das pessoas disseram que não acreditam que o saque do FGTS as fará comprar mais durante Black
Reuters
Publicado em 26 de novembro de 2019 às 18h40.
Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 18h43.
São Paulo — A liberação pelo governo federal de saques no FGTS de até 500 reais não deve ampliar a intenção de compra de consumidores do país durante a Black Friday deste ano, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira.
Segundo levantamento do site de comparação de preços Zoom com 7.038 pessoas, 70% disseram que não acreditam que saque do FGTS as fará comprar mais durante a data, marcada para esta sexta-feira, 29 de novembro.
Além disso, a pesquisa identificou que 77% dos entrevistados afirmaram que estão mais cautelosos este ano e mais atentos ao atual cenário econômico do país.
Apesar da cautela, quase a totalidade dos respondentes, 97,5%, afirmaram que pretendem fazer compras durante a Black Friday deste ano.
Mais cedo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que o saque imediato de 500 reais do FGTS já atingiu 46 milhões de trabalhadores, liberando 20 bilhões de reais.
Paralelamente, a empresa de pesquisa de mercado Compre & Confie, focada em comércio eletrônico, estima que a Black Friday deste ano deve registrar aumento de 19% nas vendas, somando 3,5 bilhões de reais, mas o tíquete médio, valor médio de cada compra, deve cair 4%, para 600 reais.
Em 2018, as vendas no comércio eletrônico na Black Friday do Brasil atingiram 2,6 bilhões de reais, alta de 23% em relação a 2017, superando as expectativas, segundo a empresa de pesquisa de mercado Ebit|Nielsen. O número de pedidos cresceu 13%, para 4,27 milhões, enquanto o tíquete médio expandiu 8%, a 608 reais.