Economia

Saque do FGTS não afetará construção civil, diz Meirelles

Segundo o ministro da Fazenda, o governo fez cálculos "rigorosos" para evitar um possível impacto no financiamento de habitação e serviço de construção

Meirelles: o cronograma será de acordo com o aniversário dos beneficiários e começa em 10 de março (Ruben Sprich/Reuters)

Meirelles: o cronograma será de acordo com o aniversário dos beneficiários e começa em 10 de março (Ruben Sprich/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 14h15.

O financiamento da habitação e o setor construção civil não serão afetados pelo saque dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), afirmou hoje (14) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Segundo Meirelles, o governo fez cálculos "rigorosos" para evitar um possível impacto.

"Fizemos cálculos atuariais bastante rigorosos e concluímos que há recursos suficientes para assegurar recursos, em nível adequado, para financiamento da habitação no país. Não terá nenhum problema nessa área", disse o ministro a jornalistas, após o anúncio do calendário de saques. O cronograma será de acordo com o aniversário dos beneficiários e começa em 10 de março.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, destacou que um dos motivos pelos quais a autorização de saque restringe-se às contas inativadas até 31 de dezembro de 2015 é manter o equilíbrio na utilização dos recursos do FGTS.

Segundo ele, o governo não considera estender a autorização às contas que ficaram inativas após a data. "Temos tido bastante cuidado com a sustentabilidade do sistema do FGTS. Essas coisas foram calculadas e simuladas. Qualquer medida adicional dependerá de passar por esse tipo de avaliação", disse.

No início deste mês, o governo anunciou a ampliação do Programa Minha Casa. O orçamento do programa subiu de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões, um incremento de R$ 8,5 bilhões.

O limite de renda para participar do programa também foi aumentado, de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil por família.

Na ocasião, o presidente Michel Temer afirmou que as mudanças representam uma combinação de programa social e estímulo ao setor da construção civil.

 

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