Economia

Saldo de 2019: 644 mil novos postos de trabalho

O resultado do ano foi maior do que o ano anterior (529 mil), mas ainda insuficiente para compensar as perdas da recessão dos anos 2015 e 2016

Desemprego: costuma-se dizer que o emprego é o último vagão do trem da economia (Paulo Whitaker/Reuters)

Desemprego: costuma-se dizer que o emprego é o último vagão do trem da economia (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2020 às 06h09.

Última atualização em 24 de janeiro de 2020 às 10h49.

São Paulo — Um bom panorama do emprego formal no Brasil foi conhecido às 10 horas desta sexta-feira (24), quando a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia divulgou os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro.

O resultado do último mês do ano, tradicionalmente negativo, foi de fechamento de 307.311 vagas, contra projeção em pesquisa da Reuters de encerramento de 320 mil postos.

O Brasil abriu 644.079 vagas formais de trabalho em 2019, acima das 546.445 criadas em 2018, no melhor dado desde 2013 (+ 1.117.171 vagas, na série com ajustes)

Os dados de novembro haviam surpreendido para cima, com saldo de 99 mil vagas, o dobro do previsto por economistas.

As projeções para o mês eram todas negativas e variavam de menos 270 mil vagas, segundo estimativa da consultoria MB Associados), a menos 357 mil (de acordo com a GO Associados). Ainda assim, as previsão para o ano fechado eram mais animadoras, na faixa de saldo positivo entre 550 mil e 600 mil vagas.

O resultado do ano foi maior do que o ano anterior (529 mil), mas ainda insuficiente para compensar as perdas da recessão dos anos 2015 e 2016.

As vagas criadas ajudam uma lenta recuperação no mercado de trabalho. No fim de dezembro, foi anunciado que a taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em novembro em 11,2%, ante 11,8% no trimestre anterior. O recuo foi impulsionado também pelo aumento de vagas sem carteira assinada, um dos grandes desafios para 2020.

Costuma-se dizer que o emprego é o último vagão do trem da economia, devido ao descompasso entre o retorno da atividade e a necessidade de contratações. Em 2020, a esperança de milhões de brasileiros desempregados é que esse vagão não demore para chegar à estação.

(*Com informações da Reuters)

Acompanhe tudo sobre:CagedDesempregoeconomia-brasileiraExame Hoje

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor