Economia

Salário mínimo no Uruguai ultrapassará US$ 410 em 2016

O governo uruguaio anunciou o reajuste do salário mínimo nacional nos próximos três anos, a começar com um aumento de 11,5% para 2016


	Carteira com nota de dez mil pesos: valor será de cerca de US$ 413 (o equivalente a R$ 1.296)
 (Martin Bernetti/AFP)

Carteira com nota de dez mil pesos: valor será de cerca de US$ 413 (o equivalente a R$ 1.296) (Martin Bernetti/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 19h17.

Montevidéu - O governo do Uruguai anunciou nesta segunda-feira o reajuste do salário mínimo nacional nos próximos três anos, a começar com um aumento de 11,5% para 2016, com o qual o montante alcançará 11.150 pesos - cerca de US$ 413 (o equivalente a R$ 1.296).

"Estamos projetando um aumento de 11,5% para 2016, um aumento de 10% para 2017 e de 9,5% para 2018. Isto está em linha com o sentido de privilegiar os que estão em pior situação", declarou à imprensa o ministro da Economia e Finanças, Danilo Astori, após participar do Conselho de Ministros em Montevidéu.

Considerando a taxa cambial atual, o salário mínimo chegaria a cerca de US$ 497 (R$ 1.559) em 2018. Atualmente, o valor gira em torno de US$ 370 mensais (R$ 1.161).

Astori detalhou as linhas aprovadas pelo governo durante a reunião semanal de ministros para as negociações coletivas com o setor privado, que preveem convênios de dois ou três anos com reajustes salariais de acordo com três tipos de empresas: as dinâmicas, as vulneráveis e as de "categoria média".

Trata-se de um sistema de autoclassificação, em cujos parâmetros considerados pelo Executivo se enquadram como dinâmicas as que registram 4% de crescimento anual e como vulneráveis as que estão subsidiadas ou registram dificuldades, e as restantes em um intermédio.

Neste sentido, o titular de Economia explicou junto com o ministro do Trabalho, Ernesto Murro, que a ideia é abranger a "heterogeneidade" das empresas e "privilegiar os setores mais vulneráveis" por meio de reajustes diferentes para cada categoria.

Por outro lado, Astori ressaltou que haverá um sistema de "incentivo por produtividade" à parte e, além disso, uma "cláusula gatilho" caso uma grave crise financeira afete o país.

"Temos uma ferramenta adicional, caso haja no país um evento que não desejamos nem esperamos, mas que temos que prever, uma chamada cláusula gatilho. Se a inflação acumulada desde o início do convênio superar 12%, no mês seguinte de comprovada esta situação se fará a correção correspondente à inflação", esclareceu Astori.

Os pontos aprovados pelo governo resultaram de discussões iniciadas no último mês de maio e que ainda deverão ser debatidas entre as partes envolvidas: empresários e empregados.

Além disso, o titular de Economia concluiu que o Executivo terá a última palavra conforme os critérios apresentados hoje no caso de a negociação entre as partes não chegar a um acordo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaSalário mínimoSaláriosUruguai

Mais de Economia

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS