Economia

Salário mínimo deve subir para R$ 1.006 em 2019

Hoje, o salário mínimo está em R$ 954 e a previsão anterior do governo era que fosse para R$ 1.002,00 no próximo ano

Dinheiro: o valor que efetivamente será praticado só será definido no início do próximo ano (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Dinheiro: o valor que efetivamente será praticado só será definido no início do próximo ano (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 09h59.

Última atualização em 1 de setembro de 2018 às 09h59.

A estimativa de uma inflação maior fez o governo aumentar a previsão para o salário mínimo do ano que vem para R$ 1.006, valor que consta no projeto da Lei Orçamentária Anual de 2019, enviado ao Congresso. Hoje, o salário mínimo está em R$ 954 e a previsão anterior do governo era que fosse para R$ 1.002,00 no próximo ano.

O valor que efetivamente será praticado só será definido no início do próximo ano, mas a equipe econômica precisava definir um número como referência para as despesas do Orçamento, muitas atreladas ao mínimo.

O reajuste observa uma fórmula que considera o crescimento real do PIB em 2017 (1%) e a variação da inflação medida pelo INPC em 2018, que foi projetada em 4,20%, ante 3,76% previstos anteriormente. Além disso, será adicionado um valor residual de R$ 1,75 porque o INPC em 2017 ficou acima do que foi considerado na definição do mínimo deste ano.

Dois terços dos benefícios tributários são corrigidos pelo mínimo, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que comprovem ter renda familiar abaixo de um quarto do mínimo por pessoa.

Com as despesas ultrapassando limites constitucionais, porém, o governo só autorizou no projeto do Orçamento de 2019 metade do orçamento necessário para bancar os pagamentos do BPC no ano (R$ 30,2 bilhões).

O mesmo aconteceu com o Bolsa Família, que só tem R$ 15,035 bilhões autorizados para 2019, pouco mais da metade do que o governo precisa para pagar os benefícios durante todo o ano. O repasse do restante dos recursos necessários dependerá da aprovação de um projeto de lei no Congresso.

Isso ocorreu para que o governo cumpra a chamada regra de ouro, que o proíbe de se endividar acima do valor que gasta com investimentos. Em 2019, a previsão é que esse limite seja ultrapassado em R$ 258,179 bilhões.

Com isso, o governo teve que condicionar algumas despesas à aprovação de um projeto de lei que abre crédito suplementar, o que já havia sido autorizado na LDO.

Além do BPC e do Bolsa Família, também foram condicionados ao projeto despesas com o pagamento de benefícios previdenciários do INSS, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraInflaçãoSalário mínimo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor