Economia

Salário igual para homens e mulheres? Só daqui a 118 anos

Estudo mostra que, finalmente, o salário das mulheres já se equipara ao dos homens...de 2006


	Desigualdade: indicadores brasileiros colocam o país entre os mais desiguais do mundo em termos econômicos
 (Thinckstock)

Desigualdade: indicadores brasileiros colocam o país entre os mais desiguais do mundo em termos econômicos (Thinckstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 11h06.

São Paulo -  Finalmente, o salário das mulheres já se equipara ao dos homens...de 2006. Pois é. Apesar do ingresso de mais de 250 milhões de mulheres na força de trabalho global ao longo da última década, a desigualdade salarial persiste.

Segundo dados do novo Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2015 divulgado nesta quinta-feira pelo Fórum Econômico Mundial, só agora elas estão ganhando o mesmo valor que os homens ganhavam em 2006, ano em que o relatório foi produzido pela primeira vez.

O ritmo lento do progresso na redução da disparidade de oportunidades econômicas entre homens e mulheres preocupa — a desigualdade econômica diminuiu em apenas 3% no período.

De acordo com a pesquisa, a extrapolação dessa trajetória sugere que o mundo vai levar mais de 118 anos, ou até o ano de 2133, para eliminar a desigualdade econômica inteiramente.

No ranking geral de igualdade de gêneros (que leva em conta poder político, participação econômica, acesso à educação e saúde), o Brasil despencou da 71ª colocação em 2014 para 85º lugar este ano entre 145 países. 

Mas o que chama atenção é a colocação das brasileiras nos subíndices relacionados à mulher no mercado de trabalho, onde o país aparece como um dos mais desiguais do mundo.

No indicador participação econômica e oportunidades, o país aparece na 89ª colocação. Já em termos de igualdade salarial, o Brasil cai para o inglório 133º lugar, de uma lista com 145 países.   

De acordo com o estudo, os indicadores brasileiros colocam o país entre os mais desiguais do mundo em termos econômicos, ao lado de países como Venezuela e Uganda. 

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