Moscou - A Rússia decidiu recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) pelas sanções impostas a Moscou pelos Estados Unidos devido à crise ucraniana, anunciou nesta sexta-feira o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev.
"Os Estados Unidos impuseram sanções contra a Rússia que acarretam consequências negativas para o comércio exterior. Decidimos questioná-las perante a OMC", declarou Medvedev em um fórum internacional em São Petersburgo, transmitido pela televisão.
O primeiro-ministro considerou que o trâmite "não será simples, já que os Estados Unidos têm autoridade na OMC".
A Rússia, membro da OMC desde o verão de 2012, já iniciou vários procedimentos contra a União Europeia, mas nenhum contra os Estados Unidos.
Washington impôs uma série de sanções contra personalidades russas e ucranianas pró-russas, assim como contra empresas vinculadas ao poder russo, desde o início da crise e a anexação da Crimeia à Rússia.
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1. Crise
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1/11 (Spencer Platt/Getty Images)
São Paulo – A
Rússia pretende concluir ainda nesta semana a incorporação da Crimeia, mas o mal-estar causado pela disputa da região com a
Ucrânia está longe de terminar. No meio deste conflito, diversas companhias com operações nos dois países estão revendo seus negócios por lá. Outras têm intensificado as operações. Veja, a seguir, 10 empresas que estão no campo minado desta
crise:
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2. Shell
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2/11 (Eddie Seal/Bloomberg)
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3. Exxon Mobil
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3/11 (Karen Bleier/AFP)
Parceira da Shell na exploração do campo Skifska, a Exxon afirmou, no início deste mês, que continua interessada na licença para exploração do campo, mas que a negociação estava "em suspenso devido às circunstâncias". O campo de Skifska pode atingir a produção de energia equivalente a 7 milhões de toneladas de petróleo anualmente, o que representa cerca de 20% das importações de gás natural da Ucrânia.
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4. BP
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4/11 (Ben Stansall/AFP)
Embora não tenha falado sobre o assunto, a BP é outra petrolífera que depende significativamente da Rússia. A BP detém 20% da Rosneft e 30% da sua produção de petróleo e gás natural vêm do mercado russo.
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5. Ford
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5/11 (©afp.com / Stan Honda)
A Ford Motor anunciou nesta semana que está reavaliando a joint venture que possui na Rússia, a Ford Sollers. Segundo a montadora, o enfraquecimento contínuo da região e as constantes mudanças estão colocando pressão em seus negócios por lá. “Estamos revendo nossas operações. Não temos o compromisso de nada”, Elizaveta Novikova, porta-voz da Ford, ao
Wall Street Journal.
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6. Renault
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6/11 (Divulgação)
Em 2008, Renault investiu 1 bilhão de dólares para comprar 25% na AvtoVAZ OAO, fabricante de carros russa. Segundo a montadora, neste momento, ela está acompanhando os conflitos na região, mas está confiante no potencial do mercado automotivo na Rússia. A declaração foi dada ao jornal americano
WSJ.
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7. Société Générale
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7/11 (Pascal Le Segretain/Getty Images)
O banco francês Société Générale investiu mais de 5 bilhões de dólares para comprar o controle do Rosbank, um dos maiores bancos privados da Rússia. Somente com a operação na região, o Société Générale somou receita de quase 2 bilhões de dólares no ano passado.
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8. Danone
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8/11 (Divulgação)
Em 2013, mais de 10% das vendas globais da Danone vieram da Rússia. No país, o grupo de laticínios possui 20 fábricas em operação e figura como o maior produtor de leite do país. Até o momento, a companhia francesa não se manifestou sobre o assunto.
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9. Pirelli
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9/11 (Mark Thompson/Getty Images)
A Pirelli, por sua vez, parece dar de ombros para os conflitos entre os dois países. Nesta semana, a companhia anunciou a venda de 13% de suas operações para a Rosneft Oil, petrolífera estatal da Rússia. A operação foi fechada por 695 milhões de dólares.
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10. RWE
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10/11 (Getty Images)
Outra empresa que parece não se preocupar com os conflitos entre os dois países é a alemã RWE. Nesta semana, a companhia anunciou que está negociando a venda de sua subsidiária Oil Dea para o bilionário russo Mikhail Fridman. A operação, se concluída, será fechada por 7 bilhões de dólares.
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11. Agora, veja os 10 maiores negócios fechados no Brasil em 2013
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11/11 (Mario Proenca/Bloomberg)