Economia

Riscos ainda apontam para crescimento econômico menor, diz Campos Neto

Presidente do BC afirmou que o controle da inflação é o principal objetivo e que a retomada econômica será gradual

Roberto Campos Neto: presidente do Banco Central conversou com investidores nos Estados Unidos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Roberto Campos Neto: presidente do Banco Central conversou com investidores nos Estados Unidos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2019 às 13h16.

Nova York — O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 10, que os riscos ainda estão pendendo para uma expansão econômica mais baixa, ressaltando que a recuperação é gradual, mas não exatamente como esperava o governo.

Falando em conferência promovida pela XP Investimentos em Nova York, ele afirmou que a missão do BC é atingir a meta de inflação, não o crescimento. E ressaltou que a autoridade monetária não tomará riscos na manutenção da inflação sob controle.

Em apresentação divulgada mais cedo pelo BC, Campos Neto já havia destacado que o crescimento econômico dependia de muitos fatores, destacando entre eles a aprovação da reforma da Previdência.

Campos Neto também citou a necessidade de reformas para aumento da produtividade, envolvendo impostos, abertura comercial e melhoria do ambiente de negócios.

"É um trabalho do governo e da sociedade como um todo", afirmou ele, segundo a apresentação. "Reduzir a incerteza e melhorar a confiança são condições necessárias para uma recuperação sustentável."

Durante a conferência, Campos Neto avaliou que, se as reformas forem feitas corretamente, o real vai se fortalecer "não porque queremos, mas como uma consequência".

O presidente do BC disse ainda que a autoridade monetária não tem meta cambial, mas monitora a liquidez do mercado.

Já em relação às reservas internacionais, hoje na casa de 382,8 bilhões de dólares, Campos Neto voltou a avaliar que elas têm sido um seguro muito bom para o país, a um custo mínimo.

A expectativa é que as reformas sejam aprovadas e, depois disso, o BC analisará o impacto que isso terá na política de reservas cambiais, acrescentou ele.

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