Economia

"Risco para inflação é pequeno e administrável", diz secretária do Tesouro dos EUA

Após a aprovação do pacote de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão o próximo passo, na visão de Yellen, é tratar da dívida pública americana

Janet Yellen: para secretária do Tesouro dos EUA, o risco de inflação é temporário (Demetrius Freeman/The Washington Post/Getty Images)

Janet Yellen: para secretária do Tesouro dos EUA, o risco de inflação é temporário (Demetrius Freeman/The Washington Post/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de março de 2021 às 12h49.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse neste domingo que enxerga risco pequeno para inflação no país, mas que se acontecer será administrável e temporário. "Os preços caíram muito no ano passado, com a pandemia, e devem aumentar no movimento de recuperação econômica, mas esse choque é passageiro", comentou, em entrevista para a emissora ABC.

Ela falou que a chance de o país chegar a um estado de inflação descontrolada, como aconteceu nos anos 1970, é quase zero. "Nós temos uma expectativa de inflação bem ancorada, um Federal Reserve (Fed, o banco central americano) atuante e que já aprendeu a lidar com isso no passado", destacou. "Vamos ficar monitorando a economia, e se a inflação acontecer, temos as ferramentas para corrigir o curso."

Após a aprovação do pacote de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão o próximo passo, na visão de Yellen, é tratar da dívida pública americana. "Em breve, vamos propor soluções para controlar a dívida", observou. Ela deu a entender que aumento de impostos será uma das sugestões, comentando que o presidente Joe Biden já dizia na campanha que gostaria de aumentar a tributação sobre pessoas ricas, empresas, e proventos.

A secretária do Tesouro também elogiou o pacote aprovado na última semana, dizendo que o risco de curto prazo mais significativo para e economia americana era deixar a população desamparada por muito tempo. "Acredito que há apoio o suficiente no pacote para aliviar o sofrimento dessas pessoas e apoiar a recuperação da economia", disse. "Tenho esperança que, derrotando a pandemia, voltaremos a ter o pleno emprego no ano que vem."

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