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Risco de escalada de tensões comerciais é "muito real", diz Azevêdo

Manifestação do diretor-geral da OMC surge em meio a série de diálogos mantidos por autoridades dos EUA e da China sobre seu comércio bilateral

Roberto Azevêdo: "Quando restrições ao comércio são aplicadas dessa forma, isso pode ameaçar o crescimento e a criação de emprego em todos os lugares" (Hannibal Hanschke/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2018 às 18h36.

São Paulo - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio ( OMC ), Roberto Azevêdo, afirmou nesta segunda-feira que, enquanto persistirem tensões entre parceiros comerciais de grande porte, o risco de uma "escalada séria permanece muito real".

"Quando restrições ao comércio são aplicadas dessa forma, isso pode ameaçar o crescimento e a criação de emprego em todos os lugares", disse. "E nessas situações são normalmente os agentes menores e as comunidades mais pobres que têm mais a perder."

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A manifestação de Azevêdo surge em meio a uma série de diálogos mantidos por autoridades dos Estados Unidos e da China sobre seu comércio bilateral, após semanas de um turbulento embate tarifário entre os países. Hoje, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, afirmou que Liu He, vice-premiê da China, visitará Washington na próxima semana para reuniões com o governo americano no âmbito dessas negociações.

O brasileiro também ressaltou a importância de os membros da OMC trabalharem para resolver o impasse relativo às nomeações para o Órgão de Apelação da organização. "Se não acharmos uma solução aqui (...), nós poderíamos comprometer severamente todo o sistema multilateral de comércio", afirmou. "Então, estou pedindo aos membros que conversem uns com os outros em um modo voltado para encontrar soluções."

Ele pontuou, ainda, que encoraja os membros da OMC a seguir perseguindo contatos bilaterais para complementar processos multilaterais.

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