Economia

Republicanos dão prazo curto para elevar teto da dívida

Republicanos dos EUA apresentaram plano para elevar o teto da dívida nacional, sete dias antes do país correr o risco de decretar inadimplência


	O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner: acordo é um "esforço de boa fé", disse Boehner
 (REUTERS/Yuri Gripas)

O presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, John Boehner: acordo é um "esforço de boa fé", disse Boehner (REUTERS/Yuri Gripas)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 14h30.

Washington - Os líderes republicanos da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos apresentaram nesta quinta-feira um plano para elevar o teto da dívida nacional, sete dias antes do país correr o risco de decretar inadimplência e em meio a uma tensa disputa para restabelecer o funcionamento da administração federal.

O acordo estabelece "um aumento temporário no teto da dívida que nos dará tempo para negociar" a reabertura do governo, disse em entrevista coletiva a congressista republicana Cathy McMorris Rodgers ao anunciar o plano de seis semanas após uma reunião com a bancada de seu partido.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, disse que o acordo é um "esforço de boa fé" e será apresentado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante uma reunião na tarde desta quinta-feira.

"Espero que o presidente veja isto como uma oportunidade e um esforço de boa fé de nossa parte para nos aproximarmos da metade do caminho que nos exigem para que comecem as negociações", afirmou Boehner, que voltou a culpar os democratas pelo desastre fiscal.

Obama prevê receber na tarde de hoje na Casa Branca um grupo de negociadores republicanos da câmara, entre eles Boehner, e também se reunirá separadamente com os democratas do Senado.


O líder também deve se encontrar amanhã, sexta-feira, com a minoria republicana do Senado. A proposta republicana, negociada a portas fechadas, poderia ser submetida à votação no Comitê de Regras mas deve ser levada para o plenário da Câmara Baixa.

O plano republicano aumentará, temporariamente e sem condições, o teto da dívida nacional, que será atingido em 17 de outubro. O acordo não faz referência, no entanto, à exigência do presidente de que se restabeleça imediatamente o financiamento da administração federal, que permanece semi-fechada desde 1º de outubro por falta de fundos.

Um funcionário da Casa Branca reiterou que Obama deixou em claro que não pagaria um "resgate" ou aceitaria condições em troca do Congresso cumprir com seu trabalho e aprovar um aumento do teto da dívida.

Neste sentido, o plano apresentado nesta quinta-feira é uma espécie de concessão à Casa Branca, que voltou a exigir hoje que a Câmara dos Representantes também aprove a medida orçamentária do Senado para reabrir o governo federal.

Uma vez resolvida a crise política, "o presidente estará disposto a negociar um acordo orçamentário mais amplo para criar empregos, fazer crescer a economia e regularizar as finanças" do país, disse o funcionário.

"Embora estejamos dispostos a avaliar qualquer proposta que apresente o Congresso para pôr fim a estas crises fabricadas, não permitiremos que uma facção dos republicanos na Câmara dos Representantes prenda a economia a suas exigências políticas extremas e supérfluas", acrescentou.

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