Economia

Repressão à corrupção na China pressiona farmacêuticas

Repressão levanta sinal de alerta para a indústria farmacêutica global de que os dias de crescimento fácil no país podem ter acabado


	Indústria farmacêutica:  lucros líquidos médios caíram 2,1%, ante um crescimento de quase 20% em anos anteriores
 (Abid Katib/Getty Images)

Indústria farmacêutica:  lucros líquidos médios caíram 2,1%, ante um crescimento de quase 20% em anos anteriores (Abid Katib/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 12h13.

Xangai - Uma repressão contra a corrupção e contra a política de preços no mercado farmacêutico da China, de rápido crescimento, apertou os lucros e as margens das companhias, levantando um sinal de alerta para a indústria farmacêutica global de que os dias de crescimento fácil no país podem ter acabado.

Uma análise da Reuters sobre mais de 60 empresas chinesas da área de saúde listadas em bolsa mostrou que as margens médias de lucro caíram para cerca de 10 por cento no ano passado ante 15 por cento em 2012.

Os lucros líquidos médios caíram 2,1 por cento, ante um crescimento de quase 20 por cento em anos anteriores.

A China tem sido um imã para as grandes companhias farmacêuticas globais e outras empresas da área de saúde à medida que o crescimento desacelera na Europa e nos Estados Unidos.

O país é o maior mercado emergente de medicamentos e deve ser o segundo maior do mundo dentro de três anos, segundo a consultoria IMS Health. Durante o ano passado, a China reprimiu preços altos e corrupção no setor de saúde.

As autoridades investigaram companhias farmacêuticas sobre os preços em julho, enquanto que uma notória investigação sobre a fabricante britânica de medicamentos GlaxoSmithKline acarretou em executivos da companhia sendo acusados de suborno no começo deste mês.

Fontes jurídicas e da indústria disseram que as investigações sobre a indústria devem ser intensificadas, o que significa que a pressão sobre os lucros deve continuar. A análise da Reuters apontou que o crescimento combinado de receita no setor caiu para 17,9 por cento no ano passado, ante 22,6 por cento em 2012 e mais de 28,8 por cento em 2011.

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