"O impacto de ter emprego com carteira é enorme para uma família deixar a classe baixa e passar para a classe média", disse Barros, em divulgação do estudo em São Paulo (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2013 às 17h02.
São Paulo - Entre 2001 e 2011, o grupo considerado pelo governo como classe média - renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 - viu sua renda per capita crescer 50%, ao passar de R$ 382 ao mês para R$ 576, mostra o quarto caderno Vozes da Classe Média, preparado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
Ao mesmo tempo, de acordo com o subsecretário de Ações Estratégicas da SAE, Ricardo Paes de Barros, a renda per capita familiar mensal no total de todas as classes sociais cresceu 33% no período, ao sair de R$ 591 para R$ 783.
"Hoje, a classe média tem 47 milhões de trabalhadores, dos quais 54% são assalariados no setor privado. O futuro da classe média depende muito do emprego assalariado no setor privado", apontou.
Ao ano, a evolução porcentual da renda per capita foi de 2,9% para o total das famílias e de 4,2% para a classe média de 2001 a 2011.
O subsecretário apontou ainda que, atualmente, 62% dos trabalhadores com carteira assinada pertencem à classe média.
"O impacto de ter emprego com carteira é enorme para uma família deixar a classe baixa e passar para a classe média", disse Barros, em divulgação do estudo em São Paulo.
O Vozes da Classe Média mostra ainda que, enquanto 19% dos trabalhadores no País pertencem à classe baixa, apenas 10% dos empregados formais fazem parte desse grupo de renda.