Economia

Relator na Câmara começa a ler parecer sobre repatriação

O texto prevê que contribuintes poderão regularizar recursos pagando multa de 15% e imposto de 20% sobre o valor regularizado

Repatriação: caso as mudanças sejam aprovadas pelos deputados, os senadores serão obrigados a analisar novamente a proposta (Arquivo/Getty Images)

Repatriação: caso as mudanças sejam aprovadas pelos deputados, os senadores serão obrigados a analisar novamente a proposta (Arquivo/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19h19.

Brasília - Relator na Câmara do projeto de lei que reabre novo prazo para adesão ao programa de repatriação de recursos mantidos ilegalmente no exterior, o deputado Alexandre Baldy (PTN-GO) lê nesta noite, no plenário da Casa, seu parecer sobre a proposta. Somente após a leitura começará a votação em si.

O texto elaborado pelo parlamentar goiano faz algumas alterações na redação do projeto aprovado pelo Senado.

Caso essas mudanças sejam aprovadas pelos deputados, os senadores serão obrigados a analisar novamente a proposta e terão a palavra final do texto.

Antes do início da leitura do parecer, o PSOL apresentou requerimentos para tentar obstruir a votação, mas não conseguiu aprová-los.

A sigla critica a permissão para que parentes de políticos possam aderir ao programa. A autorização, que não constava na primeira etapa, foi incluída durante a votação do texto no Senado.

"É um prêmio para a corrupção sistêmica deste País", afirmou o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA). Ele criticou ainda o fato de o imposto pago pelos sonegadores para regularizar os recursos serem menores do que o que o trabalhador brasileiro paga de Imposto de Renda (IR).

O texto de Baldy prevê que contribuintes poderão regularizar recursos mantidos ilegalmente até 30 de junho de 2016 no exterior, pagando multa de 15% e imposto de 20% sobre o valor regularizado. Em troca, receberão anistia a crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação.

No texto do Senado, os porcentuais da multa e do imposto eram de 17,5%. O relator na Câmara, porém, reduziu o imposto, sob o argumento de que é "inconstitucional" majorar o valor do imposto da segunda etapa do programa em relação à primeira.

Na primeira rodada, cujo prazo de adesão de 4 de abril a 31 de outubro de 2016, multa e imposto eram de 15% cada. O porcentual é menor do que a alíquota máxima paga pelos brasileiros anualmente no imposto de renda, que é de 27,5%.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosRepatriação de dinheiro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor