Economia

Reino Unido pede pacto alfandegário provisório com UE

Britânicos também pleitearão o direito de negociar outros acordos comerciais com o bloco após o Brexit

Brexit: Reino Unido acredita que uma opção para minimizar o atrito quando deixar a UE seria adotar uma união alfandegária temporária (Yves Herman/Reuters)

Brexit: Reino Unido acredita que uma opção para minimizar o atrito quando deixar a UE seria adotar uma união alfandegária temporária (Yves Herman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 10h00.

Londres - O Reino Unido deseja um acordo alfandegário provisório com a União Europeia que permita o comércio mais livre possível depois da desfiliação britânica do bloco, mas também pleiteará o direito de negociar outros acordos comerciais após o Brexit, o que representa uma possível fonte de discórdia nas conversas sobre a separação.

De acordo com trechos de um documento do governo britânico que será publicado nesta terça-feira e que delineia a estratégia britânica, o Reino Unido acredita que uma opção para minimizar o atrito quando deixar a UE, em março de 2019, seria adotar uma união alfandegária temporária que deveria ter um "limite de tempo".

Isso proporcionaria uma certeza às empresas, segundo o governo, tentando abordar uma grande preocupação de companhias que temem que a adoção de verificações alfandegárias cause atrasos custosos.

"Os ministros anunciarão uma intenção de pedir à UE um período 'interino' de associação estreita com a união alfandegária que permitiria uma transição suave e ordeira ao novo regime", disse o governo em um comunicado antes da publicação do primeiro de uma série de "documentos sobre parcerias futuras".

"Uma abordagem possível seria uma união alfandegária temporária entre o Reino Unido e a UE... durante este período interino, que será negociado com Bruxelas, o Reino Unido procurará negociar relacionamentos comerciais novos e ousados em todo o mundo".

As empresas saudaram as propostas, mas a Confederação da Indústria Britânica também alertou Londres que "o tempo está passando, e o que importa agora é dar às empresas a confiança para continuar investindo o mais rápido possível".

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