Reformas também são importantes para o Japão, diz OCDE
Segundo organização, país deve continuar com seu programa de compra de títulos, mas pode não se suficiente para estimular um crescimento sustentável
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 09h57.
Tóquio - O Banco do Japão, banco central do país, deveria continuar com seu "quantitative easing" (programa de compra de títulos) expandido para atingir a meta de inflação , mas isso pode não ser suficiente para estimular um crescimento econômico sustentável a não ser que esteja aliado a reformas estruturais, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira.
O governo do Japão deveria manter seu plano de dobrar o imposto sobre vendas para 10 por cento, compilar um plano detalhado para retornar a um superávit primário orçamentário em 2020 e impulsionar a receita de outros impostos, afirmou a OCDE.
O tamanho da consolidação fiscal necessária significa que o Japão enfrenta de fato o risco de um aumento nas taxas de juros que irá afetar o sistema financeiro devido à sua ampla exposição aos títulos do governo, disse a OCDE.
"O novo programa de 'quantitative e qualitative easing' deve ser implementado para atingir a nova meta de 2 por cento de estabilidade de preços, embora isso possa não ser suficiente", informou a OCDE na pesquisa econômica sobre o Japão.
"Seguir adiante com reformas estruturais em uma frente ampla é igualmente imperativo para alcançar o crescimento sustentável." Neste mês, o BC japonês comprometeu-se com compras de ativos ilimitadas para quase dobrar a base monetária para 270 trilhões de ienes (2,72 trilhão de dólares) até o final de 2014, com o objetivo de acabar com 15 anos de deflação e alcançar a meta de 2 por cento de inflação em dois anos.
Em uma entrevista à imprensa, autoridades da OCDE disseram que não têm certeza sobre quando o Japão irá atingir sua meta de inflação, mas que estão dispostos a dar ao BC japonês alguma margem desde que os preços estejam se aproximando da meta.
Os preços ao consumidor do Japão ainda estão mostrando pequenos declínios anuais, e muitos economistas do setor privado duvidam que o Banco do Japão possa alcançar sua meta de preço até 2015.
A OCDE estima que o núcleo de preços ao consumidor do Japão, que exclui alimentos e energia, vai subir por volta de 0,5 por cento no quarto trimestre de 2014, ante o mesmo período do ano anterior.
É importante para o Japão acabar com a deflação porque isso reduz o Produto Interno Bruto (PIB) nominal, o que piora a proporção dívida/PIB do país, disse a OCDE. O peso da dívida do Japão já é o pior entre as principais economias, equivalendo a mais de duas vezes o montante de sua economia de 5 trilhões de dólares.
Tóquio - O Banco do Japão, banco central do país, deveria continuar com seu "quantitative easing" (programa de compra de títulos) expandido para atingir a meta de inflação , mas isso pode não ser suficiente para estimular um crescimento econômico sustentável a não ser que esteja aliado a reformas estruturais, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta terça-feira.
O governo do Japão deveria manter seu plano de dobrar o imposto sobre vendas para 10 por cento, compilar um plano detalhado para retornar a um superávit primário orçamentário em 2020 e impulsionar a receita de outros impostos, afirmou a OCDE.
O tamanho da consolidação fiscal necessária significa que o Japão enfrenta de fato o risco de um aumento nas taxas de juros que irá afetar o sistema financeiro devido à sua ampla exposição aos títulos do governo, disse a OCDE.
"O novo programa de 'quantitative e qualitative easing' deve ser implementado para atingir a nova meta de 2 por cento de estabilidade de preços, embora isso possa não ser suficiente", informou a OCDE na pesquisa econômica sobre o Japão.
"Seguir adiante com reformas estruturais em uma frente ampla é igualmente imperativo para alcançar o crescimento sustentável." Neste mês, o BC japonês comprometeu-se com compras de ativos ilimitadas para quase dobrar a base monetária para 270 trilhões de ienes (2,72 trilhão de dólares) até o final de 2014, com o objetivo de acabar com 15 anos de deflação e alcançar a meta de 2 por cento de inflação em dois anos.
Em uma entrevista à imprensa, autoridades da OCDE disseram que não têm certeza sobre quando o Japão irá atingir sua meta de inflação, mas que estão dispostos a dar ao BC japonês alguma margem desde que os preços estejam se aproximando da meta.
Os preços ao consumidor do Japão ainda estão mostrando pequenos declínios anuais, e muitos economistas do setor privado duvidam que o Banco do Japão possa alcançar sua meta de preço até 2015.
A OCDE estima que o núcleo de preços ao consumidor do Japão, que exclui alimentos e energia, vai subir por volta de 0,5 por cento no quarto trimestre de 2014, ante o mesmo período do ano anterior.
É importante para o Japão acabar com a deflação porque isso reduz o Produto Interno Bruto (PIB) nominal, o que piora a proporção dívida/PIB do país, disse a OCDE. O peso da dívida do Japão já é o pior entre as principais economias, equivalendo a mais de duas vezes o montante de sua economia de 5 trilhões de dólares.