Ministro da Economia Paulo Guedes, no Congresso Nacional, em Brasília (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 21 de julho de 2021 às 14h06.
Última atualização em 21 de julho de 2021 às 14h09.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o governo está decidido a ser ousado em sua reforma tributária, favorecendo as empresas e os trabalhadores, mas reiterou a disposição de taxar os dividendos distribuídos às pessoas físicas em 20% de forma a aumentar a tributação dos "super-ricos".
Em coletiva de imprensa para comentar os dados da arrecadação de junho, o ministro afirmou que sua equipe está ouvindo o setor privado sobre sua proposta de reforma tributária e indicou que alguns pontos da versão original encaminhada ao Congresso poderão ser alterados ou retirados.
"Mas o essencial nós faremos, que é tributar juros e dividendos, reduzir a tributação para 31 milhões de brasileiros, os contribuintes assalariados, e isentar os profissionais liberais, que se chamam os pejotinhas", disse Guedes, acrescentando que o governo não quer taxar médicos e dentistas, mas os grandes escritórios e os super-ricos.
"Nós estamos querendo justamente baixar (tributação das empresas) de 34% para alguns setores para 21,5%. E nós queremos da mesma forma subir de zero para 20% o imposto sobre dividendos", acrescentou o ministro.
Para Guedes, o nível de arrecadação recorde alcançado pelo país no primeiro semestre é sustentável e independe do crescimento da economia à frente.
Dados da Receita mostraram que a arrecadação cresceu 24,5% em termos reais no primeiro semestre do ano, para 881,966 bilhões de reais, maior valor da série.
"O que nós vamos fazer é justamente pegar uma parte desse aumento de arrecadação e transformar isso numa redução de alíquotas e simplificação de impostos, como sempre prometemos", disse o ministro.
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