Economia

Reforma pode gerar 2 mi de empregos em 2 anos, diz ministro

O ministro do Trabalho defendeu que esse acréscimo virá da regulamentação de contratos por jornada parcial, jornada intermitente e home office

Empregos: a reforma trabalhista foi sancionada na semana passada pelo presidente Michel Temer (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Empregos: a reforma trabalhista foi sancionada na semana passada pelo presidente Michel Temer (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2017 às 16h29.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 20h01.

Brasília - O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou nesta segunda-feira, 17, que, nos próximos dois anos, o Brasil tem capacidade de gerar 2 milhões de postos de trabalho com a reforma trabalhista.

Segundo ele, com base em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), este salto se daria em modalidades específicas previstas na reforma.

"São o contrato por jornada parcial, o contrato de trabalho intermitente e o contrato por produtividade. Estes são os novos contratos que surgiram com a reforma", afirmou.

"Juntos, poderão gerar 2 milhões de empregos em dois anos."

Segundo ele, existem hoje no País 38,6 milhões de empregos formais. Daqui a 2 anos, o montante chegará aos 40 milhões.

"E quem dizia que o trabalhador ia perder direito (com a reforma) vai ter que se explicar daqui para frente", afirmou.

"A segurança jurídica é fundamental. Logo o mercado dará sinais de confiança."

Reforma ministerial

Questionado durante a coletiva sobre possível reforma ministerial, em função da luta do governo para enterrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, Nogueira, que é do PTB, saiu pela tangente.

"Sou ministro do Trabalho. Quem defende o conjunto de apoios do governo é o presidente", afirmou.

A respeito da medida provisória que pode regulamentar pontos da reforma trabalhista, Nogueira afirmou que a expectativa é de que ela seja editada logo após o recesso parlamentar.

Ele ressaltou, porém, que o fim do imposto sindical obrigatório é definitivo.

"O imposto sindical não existe mais, ele é facultativo. A Câmara não será afrontada neste sentido", disse, sobre a possibilidade de a MP restabelecer a obrigatoriedade.

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