Economia

Reforma ministerial aguarda volta de Lula

Depois de duas horas de conversa, na noite de domingo (11/1), representantes da cúpula do PMDB e do PT deixaram a casa do presidente do Senado, José Sarney, com discursos opostos sobre a reforma ministerial. A reunião seria para acertar detalhes da entrada dos peemedebistas no primeiro escalão do Executivo. Enquanto o ministro chefe da […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

Depois de duas horas de conversa, na noite de domingo (11/1), representantes da cúpula do PMDB e do PT deixaram a casa do presidente do Senado, José Sarney, com discursos opostos sobre a reforma ministerial. A reunião seria para acertar detalhes da entrada dos peemedebistas no primeiro escalão do Executivo. Enquanto o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que as negociações com o PMDB estão consolidadas, faltando apenas a decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional da bancada, Michel Temer, garantiu que nenhum cenário está definitivo. Vamos aguardar o presidente Lula voltar de viagem e seguramente seremos chamados para uma nova conversa, disse Temer à Agência Brasil.

Além de garantir acordo com os peemedebistas, o ministro da Casa Civil explicou que a aliança, além de ser política, é estratégica, pois visa às eleições de 2004. Dirceu não informou, no entanto, o número de ministérios e os novos nomes que serão ocupados pelos peemedebistas. Eu só posso dizer que houve acordo total entre nós nessa reunião, mas a decisão final será do presidente Lula.

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, confirmou, ao deixar a reunião, que duas pastas foram oferecidas ao partido. A escolha do líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE), para comandar o ministério das Comunicações é dada como certa, mas Mercadante fez uma ressalva antes entrar para a reunião: A decisão final sobre a reforma ministerial quem dará será o presidente da República, exclusivamente ele, quando voltar do México.

Até lá, informou Mercadante, a orientação do presidente é que a coordenação política e os líderes dos partidos aliados façam apenas contatos. Além de Eunício, nas Comunicações, a bolsa de apostas nos meios políticos aponta o Ministério da Previdência Social como a outra pasta a ser entregue ao PMDB.

Sobre o número de ministérios que o PMDB assumirá, o líder do partido no Senado, Renan Calheiros, aposta em três. Vamos aguardar, mas essa coisa de um terceiro ministério continua colocada. Acrescentou que as negociações em torno da reforma ministerial estão avançadas e que a bancada está apenas aguardando o anúncio do presidente Lula para indicar os nomes dos futuros ministros. Mas ao chegar à reunião, Calheiros admitiu que uma das vagas ministeriais será do líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE). Sobre a segunda vaga no primeiro escalão, informou que existem mais oito candidatos.

Também esteve presente à reunião o presidente nacional do PT, José Genoíno (SP). E o presidente Lula não chegou a participar, por telefone, como chegou a ser admitido antes da viagem ao México.

Sobre a convocação extraordinária no Congresso Nacional, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, informou que está consolidada. Eu não sei se já foi publicada no Diário Oficial da União, mas se não, será publicada na próxima segunda-feira, disse.

Cúpula da América
de acordo com informações da agência Brasil, Lula já desembarcou em Monterrey, México, onde participará da Cúpula Extraordinária da América, integrada por outros 34 chefes de Estado. Trata-se da primeira conferência realizada entre países do continente americano após os atentados de 11 de setembro de 2001 e também da primeira reunião após a eleição de 14 novos chefes de Estado.

A reunião tem como objetivo exclusivo discussões sobre o desenvolvimento social dos países. Os latino-americanos, no entanto, devem discutir com o presidente americano George W. Bush, medidas para amenizar a política migratória.

O primeiro encontro do presidente Lula será às 11h30 com Vicente Fox, presidente do México. Uma hora depois se encontra com o presidente do Perú, Alejandro Toledo. Às 13h, almoçará com o presidente venezuelano, Hugo Chavez, e por volta das 17h30 participaraá da abertura da conferência.

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